RIO - O diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Helder Queiroz, afirmou nesta terça-feira (17) que cerca de dez empresas já manifestaram interesse em participar do leilão de Libra, no pré-sal na Bacia de Santos, que será realizado no próximo dia 21 de outubro. Segundo Queiroz, nesta quarta-feira termina o prazo para as empresas manifestarem interesse em participar do leilão e pagarem a taxa de inscrição de R$ 2 milhões. Até agora, 18 companhias se interessaram pelo campo, mas apenas as dez pagaram.
Helder participa no Rio do seminário Técnico-Ambiental e Jurídico-Fiscal para o leilão de Libra, a maior área já ofertada no mundo, com reservas estimadas entre 8 bilhões a 12 bilhões de barris.
- Amanhã vamos ter uma ideia mais clara de quantos consórcios vão se montar e quantas empresas vão participar - destacou Helder.
Libra será explorada pelo novo regime de partilha, no qual as empresas dividem com o governo federal a produção de petróleo. O diretor da ANP disse não ter receio de uma participação forte das petrolíferas chinesas no leilão de Libra.
- As empresas vão competir no leilão. Quem vier ganhar no leilão de Libra, depois terá um conjunto de oportunidades diferentes com outras áreas menores. No próximo leilão do pré-sal terá um número de oportunidades maior com riscos diferentes, e terá oportunidades para um número maior de empresas - destacou helder Queiroz.
O Procurador da Advocacia Geral da União (AGU) e da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Tiago Macedo, afirmou que foram cumpridos todos os requisitos legais para a realização do leilão de Libra. No entanto, ele admitiu que assim como ocorrido em leilões já realizados, devem surgir ações na Justiça contra o leilão.
- A AGU acredita que foram cumpridos todos os requisitos legais e que todas as decisões técnicas e econômicas estão todas fundamentadas no processo. Faz parte do processo a judicialização e isso também dá mais emoção a todo o processo - disse Macedo.
Interessados em blocos devolvidos
Até o fim do dia desta terça-feira, a ANP vai saber exatamente quantas empresas que tiraram o segundo lugar na 11ª Rodada de Licitação, realizada em maio último, estão interessadas nos blocos que foram abandonados pelas empresas vencedoras.
Segundo Queiroz, o prazo terminou no fim da tarde desta segunda-feira. São pouco mais de 20 blocos que acabaram não sendo levados pelas vencedoras do leilão, entre os quais nove da OGX, e outros nove da Petra. O segundo colocado, se ficar com o bloco, terá que pagar o bônus de assinatura ofertado pela empresa vencedora. As empresas que desistiram terão, como multa, a perda do valor da garantia financeira depositada na ANP.