Economia

Fornecedor pede falência de mineradora de Eike

Empresa de engenharia cobra dívidas de cerca de R$ 550 mil da MMX Mineração Sudeste

RIO - A empresa de engenharia Vision Engenharia pediu falência da MMX Mineração Sudeste, empresa de mineração do grupo de Eike Batista. O pedido foi distribuído no último 6 de novembro na 1 Vara Empresarial de Belo Horizonte do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Na petição, de 74 páginas (incluindo documentos anexos), a empresa cobra uma dívida de R$ 549.422 em números atualizados. Foi o primeiro fornecedor a pedir falência de uma empresa do grupo X. A OGX (petróleo) e a OSX (construção naval) pediram recuperação judicial antes que isso acontecesse.

De acordo com a petição, a Vision Engenharia forneceu dois equipamentos à empresa, mas não recebe o que lhe é devido desde 7 de julho de 2013. Ainda de acordo com o documento, a Vision teria tentado um acordo extrajudicial, sem sucesso. O juiz responável pelo caso é Ronaldo Claret de Moraes.

Em nota ao mercado nesta segunda-feira, a MMX disse não ter conhecimento a respeito do requerimento de falência, “pois não recebeu citação em nenhuma ação judicial desta natureza.” Disse ainda que a MMX Sudeste Mineração “tomará as medidas legais pertinentes quando receber eventual citação em questão com objetivo de obter julgamento de improcedência de pedido falimentar, em razão de entender ausentes os pressupostos processuais de um pedido desta natureza.”

A MMX Mineração Sudeste é o braço da MMX que tem as minas em Serra Azul (MG). A holding MMX, sediada no Rio, tem outras duas subsidiárias no Brasil: a MMX Corumbá (com minas em Corumbá e que está em negociação para venda de ativos com a mineradora Vetria) e a MMX Porto Sudeste, cujo controle foi vendido para o fundo árabe Mubadala e a trading holandesa Trafigura mês passado.

O principal ativo desta última é o porto de mesmo nome, em Itaguaí (RJ). O consórcio que levou o porto assumiu a dívida da MMX Sudeste (incluindo fornecedores e o pagamento futuro dos royalties referentes ao título MMXM11), o que fez a transação totalizar R$ 6,5 bilhões.