Economia Defesa do Consumidor

Consumidores encontram sites fora do ar e ‘fila virtual’ na Black Friday

Avisos na home de Americanas.com e Submarino indicam necessidade de espera para acessar ofertas que pode ultrapassar 10 minutos
Tempo de esperar para acessar ofertas pode ultrapassar 10m Foto: FOTO: Reprodução
Tempo de esperar para acessar ofertas pode ultrapassar 10m Foto: FOTO: Reprodução

RIO — Quem tenta aproveitar os descontos prometidos pela Black Friday, desde o primeiro minuto desta sexta-feira, tem tido dificuldades para acessar sites que participam da promoção. Lojas virtuais de Fast Shop, Saraiva, Extra e Apple têm passado por instabilidades, dificultando o acesso e a compra, segundo relato de consumidores em redes sociais. Já nos sites Americanas.com e Submarino.com é preciso entrar em uma fila virtual, que pode ultrapassar 10 minutos de espera, para acessar as ofertas.

Cestas vazias

Um dos problemas mais recorrentes, segundo relato de consumidores, é a "cesta vazia". Em comentário feito no site do GLOBO hoje pela manhã, a consumidora Tania Mara de Albuquerque reclamou: "Entrei no site das Lojas Americanas à meia-noite e fiquei numa fila de dez pessoas. Parecia fila do SUS e, quando finalmente consegui comprar umas merrecas com preço bem alto, meu carrinho estava 'vazio'... isso é uma PALHAÇADA!! É Black Fraude mesmo". Outro consumidor que também escreveu hoje ao GLOBO, Eduardo Miranda diz que o site do Extra apresenta problema semelhante: "Desde às seis da manhã você tenta comprar uma TV e o carrinho fica vazio". Também há relatos de problemas com o fechamento da compra em Submarino e Americanas. Priscila Tardin reclamou na página da Black Friday no Facebook: "Ninguém consegue comprar nada, exemplo: site Americanas só dá cesta vazia. Você escolhe o produto e na hora de pagar aparece que a cesta está vazia!!!".

A Black Friday é uma data marcada pela mobilização em massa das grandes lojas virtuais brasileiras. Este ano, mais de 100 participam. A lista completa pode ser acessada aqui . A previsão do Busca Descontos, organizador do evento, é que as vendas gerem R$ 340 milhões na data este ano, o que representa um crescimento de mais de 50% em relação à Black Friday de 2012, quando foram vendidos R$ 217 milhões, segundo a consultoria ClearSale. De acordo com a previsão da organização, mais de 850 mil pedidos de compra devem ser realizados hoje.

Denúncias sobre maquiagem de preços ocorridas na edição do ano passado levaram a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net) a criar um código de ética para os participantes da promoção nacional. A adesão ao documento é voluntária. O código proíbe manipulações de preços e estabelece que as lojas devem deixar claro no site quais produtos participam da Black Friday. Mais de 60 se comprometeram a seguir o código. Elas estão identificadas com o selo “Black Friday Legal”.

A Saraiva informou que "a elevada quantidade de visitantes simultâneos no site pode causar lentidão no acesso", e que há uma equipe de plantão "trabalhando para garantir o bom funcionamento do site". O organizador Busca Descontos informou que a responsabilidade pela infraestrutura e funcionamento dos sites é de cada empresa. A Americanas.com e o Submarino informaram que irão prorrogar as ofertas da Black Friday, conforme disponibilidade de estoque, até as 12h de sábado. O Extra informou que, devido grande procura por produtos, ocorreu falha pontual no sistema, mas que "foi solucionada com agilidade".

As demais lojas também foram procuradas pelo GLOBO, mas ainda não se manifestaram.

O que os internautas estão falando: