05/08/2013 09h46 - Atualizado em 05/08/2013 14h20

Dólar volta a subir nesta segunda-feira

Na sexta, moeda fechou em queda, após cinco altas seguidas.
Dólar comercial recuou 0,61% e fechou cotado a R$ 2,2879 na venda.

Do G1, em São Paulo

Depois de recuar na sexta-feira, interrompendo uma sequência de cinco altas seguidas, o dólar comercial voltou a subir nesta segunda-feira (5).

Perto das 14h20 (horário de Brasília), a moeda norte-americana avançava 0,79%, a R$ 2,3060 para a venda. Veja a cotação

Com o dólar rondando o o patamar de R$ 2,30,o mercado fica cauteloso para possível intervenção do Banco Central e com investidores em busca de hedge diante dos fracos sinais de recuperação econômica no Brasil, destaca a Reuters.

Os investidores também continuavam apreensivos com os próximos passos do Federal Reserve, banco central norte-americano, se vai manter ou começar a retirar em breve seus estímulos à maior economia do mundo.

"Continuamos monitorando nosso lado interno", afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, para quem a economia brasileira não tem conseguido se recuperar e, deste modo, não trazendo conforto ao mercado para diminuir a tendência de alta do dólar.

Economistas de instituições financeiras reduziram as perspectivas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, ao mesmo tempo em que pioraram a projeção para a inflação nos próximos 12 meses, de acordo com a pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira.

O frágil cenário econômico brasileiro, segundo o operador de câmbio da corretora Renascença, José Carlos Amado, intensifica a procura de investidores por hedge, aumentando a pressão de alta sobre o dólar e alimentando expectativas de novos leilões do BC caso a moeda norte-americana se sustente em patamares acima de R$ 2,30.

No último pregão, o BC fez novo leilão de swap cambial tradicional – equivalente à venda de dólares no mercado futuro – o que ajudou a moeda norte-americana a fechar em baixa, encerrando cinco sequências de alta.

Os investidores ainda estavam em alerta sobre o Fed e se ele poderá manter seu programa de estímulos por um período mais prolongando, continuando a injetar US$ 85 bilhões mensais nos mercados internacionais.

Na sexta-feira, diante do dados piores no mercado de trabalho nos Estados Unidos, o mercado entendeu que o programa poderia durar mais, mas continuava à espera de mais dados econômicos para confirmar as impressões.

"A economia dos Estados Unidos vai trazer consequências, para o bem ou para o mal, durante sua recuperação", disse Galhardo, da Treviso.

O dólar recuou 0,61%  e fechou o dia cotado a R$ 2,2879 na venda. Na última semana, o dólar comercial subiu 1,42%.

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