29/11/2013 10h00 - Atualizado em 29/11/2013 10h25

Diferença de renda entre homens e mulheres é maior em cargos de chefia

Mulheres nessas cargos ganharam 69% do salário dos homens em 2012.
Levantamento do IBGE também mostra que formalização é menor no NE.

Do G1, em São Paulo

A diferença de rendimentos recebidos por homens e mulheres é maior em cargos de direção e gerenciais, indica pesquisa divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2012, elas ganharam, em média, 73% do salário recebido pelos homens. Avaliando apenas cargos de direção e gerenciais, no entanto, esse percentual cai para 69%.

Nos setores de construção, educação, saúde e serviços sociais e transporte, armazenagem e comunicação, esses percentuais são ainda menores: 37%, 60% e 64%, respectivamente. Já a menor diferença está no setor de alojamento e alimentação, onde os rendimentos das mulheres equivalem a 82% dos masculinos.

Segundo o IBGE, a maior concentração de mulheres em cargos de chefia no ano passado estava no setor de comércio e reparação, com 601 mil – o equivalente a 36,5% do total de mulheres de 25 anos ou mais de idade em cargos de direção e gerenciais (1,7 milhão de mulheres).

Jornada de trabalho
O levantamento do IBGE também aponta que a jornada média semanal de trabalho doméstico das mulheres caiu pouco mais de duas horas entre 2002 e 2012. A jornada dos homens com esses mesmos afazeres, no entanto, praticamente não se alterou.

“Esses resultados indicam uma redistribuição por parte das mulheres acerca do seu tempo, embora os afazeres domésticos sejam uma atividade predominantemente feminina e elas tenham um excedente de mais de 4 horas na jornada total comparativamente aos homens na soma de ambas as formas de trabalho”, diz o estudo.

Segundo o levantamento, a jornada de trabalho total das mulheres em 2012 era de 56,9 horas semanais, enquanto a dos homens era de 52,1 horas.

Formalização
De 2002 a 2012, houve um aumento significativo da proporção de trabalhadores em trabalhos formais, que passou de 44,6% para 56,9%. Os crescimentos foram significativos nas regiões Sul e Centro Oeste, onde a formalização passou de 49,6% para 65,6% e de 44,3% para 60,8%, respectivamente.

A menor variação ocorreu na região Norte, cuja taxa de formalização ficou em 38,6% da população ocupada em 2012, percentual abaixo da média nacional, e pouco acima dos 33,9% registrados dez anos antes.

Houve expansão da formalização também na região Nordeste, cuja taxa passou de 26,7% para 38,6%, uma variação de quase 45%. “Apesar de expressivo crescimento na formalização, esta região manteve um padrão semelhante à Região Norte, com menos de 40% de seus trabalhadores em trabalhos formais”, diz o estudo do IBGE.

O levantamento ressalta que, entre as Unidades da Federação, o Maranhão registrou a maior proporção de trabalhadores em trabalhos informais, 74,5%.

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