Este ano, a área plantada com milho safrinha no município de Rio Verde foi de 200 mil hectares, segundo dados do IBGE. A produção esperada é de 960 mil toneladas, 35% a mais do que foi produzido na última safra de verão.
Com tanta fartura, encontrar uma oportunidade para descarregar os grãos não tem sido nada fácil. A maioria dos armazéns de Rio Verde, no sudoeste do estado, já não recebe mais milho porque falta espaço para guardar os grãos.
Os armazéns de uma cooperativa com capacidade para 460 mil toneladas estão lotados. Falta espaço porque há dificuldade para escoar a produção. “A frota dos veículos seria suficiente se não ficasse 4 ou 5 dias parada no porto para descarregar a carga”, explica Antônio Chavaglia, presidente da Comigo.
Outra empresa é uma das únicas do município que ainda tem espaço para receber duas mil toneladas de milho. Isso só é possível ainda porque em vez de construir novos silos, o gerente optou por bolsões, que são alternativas mais baratas. Cada um tem capacidade para armazenar 280 toneladas de grãos.
De acordo com a Conab, a produtividade das lavouras de milho safrinha de Goiás caiu 18% em relação à safra passada.