04/11/2013 07h31 - Atualizado em 06/11/2013 10h38

Em Porto Alegre, horta no topo de um edifício chama a atenção

Globo Rural apresenta série de reportagens sobre agricultura urbana.
No RS, técnicas aproveitam pequenos espaços na produção de alimentos.

Do Globo Rural

Porto Alegre tem quase 1,5 milhão de habitantes. À primeira vista é difícil associar agricultura com um monte de concreto, aço e vidro, mas no topo de um edifício da região central, em apenas 62 metros quadrados, Eduardo Solari mostra que é possível cultivar frutas e verduras.

A horta foi formada no prédio onde mora o uruguaio, que é coordenador de um movimento social.

As plantas são cultivadas pelo sistema de hidroponia e todo o alimento que necessitam é distribuído pela água que circula pelas calhas.

Como a hidroponia depende de estufa, as mudas ficam protegidas contra fenômenos climáticos, pragas e fuligem, já que estão em um ambiente urbano. É possível plantar no inverno e no verão. No inverno, por exemplo, a temperatura não baixa de 12ºC.

A manutenção da horta é feita em sistema de rodízio pelos próprios moradores do prédio e o espaço encanta quem chega, garante a socióloga Anna Simão, que mora lá.

A horta em Porto Alegre funciona desde 2011. O grupo já plantou tomates, pimentões e outros legumes, que depois são transferidos para a terra, em vasos. São ervas medicinais, temperos e até árvores frutíferas.

A produção média é de mil pés de alface e de rúcula por mês. As demais espécies são cultivadas apenas de forma experimental, por isso, não há contagem.

Segundo os agricultores urbanos, o consumo de água não chega a R$ 30 por mês. O resultado da produção é consumido pelos cuidadores e distribuído para movimentos sociais. Se tem excedente é vendido para o mercado do bairro. O lucro é usado na compra de sementes, insumos e também em cursos sobre produção sustentável.

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