04/11/2013 08h10 - Atualizado em 04/11/2013 08h15

Produtores de tomate de MG buscam alternativas para reduzir os prejuízos

No primeiro semestre, alta do tomate chegou a 70%.
Agora, preço do produto está abaixo do custo de produção.

Do Globo Rural

Nos seis hectares da fazenda que fica em Araguari, no Triângulo Mineiro, Marco Antônio Alves plantou 55 mil pés de tomate das variedades santa cruz e longavida.

A colheita começou há dois meses e deve seguir até a metade de dezembro. A produção é boa, mas o preço pago pela caixa não está agradando o produtor.

A boa fase do tomate no início do ano fez com que muitos produtores investissem no cultivo. Com mais fruto no mercado, o preço caiu.

Na propriedade de Paulo Henrique de Faria, o clima fez a despesa aumentar. O calor dos últimos dias fez os frutos amadurecerem mais rápido e para que eles não apodrecessem no pé, Paulo precisou contratar mais funcionários.

Além dos quatro que já trabalhavam na fazenda, outros quatro foram empregados para fazer a colheita dos 20 mil pés de tomate longavida e 4 mil do tipo saladete, mas o preço pago pela caixa não cobre os custos.

Araguari é o principal produtor de tomate de Minas Gerais, com 38,8 mil toneladas só este ano.

Na tentativa de gastar menos, Marco Antônio Alves resolveu investir em uma nova forma de cultivo, ele está substituindo o bambu por uma estrutura de madeira com arame, onde cada pé é preso por um fitilho. “Estou eliminando a vara, que tem um custo alto, e a mão de obra. Estou fazendo isso para ver se me mantenho no mercado”, diz.

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