Economia

Companhias aéreas esperam mais privatizações de aeroportos e defendem menor tarifa

Para Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, programa de concessões deveria ser ampliado para outros aeroportos do Brasil

SÃO PAULO - A associação que representa as quatro maiores empresas aéreas do Brasil está otimista com o leilão para privatização (concessão) dos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG) na sexta-feira, e acredita que o governo deve continuar com o programa de concessões, mas incluir critério de menor tarifa.

- As expectativas são positivas principalmente pelo ajuste entre leilão anterior e esse, que atraiu operadores de primeira linha - disse Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, que reúne TAM, Gol, Avianca e Azul, a jornalistas.

Para ele, o programa de concessões deveria ser ampliado para outros aeroportos do Brasil, mas considerando a proposta de menor tarifa, e não o critério de maior outorga, como é feito atualmente.

- Nós defendemos a continuidade do programa e queremos que se amplie para demais aeroportos. Entendemos que Santos Dumont (RJ) e Congonhas têm dificuldade física de expansão e não tem jeito, concessão teria que ser por outorga... Mas Recife e Fortaleza têm potencial para serem hubs importantes porque têm peso de turismo, e concessão por tarifa poderia ser mais interessante - disse.

Segundo Sanovicz, a associação chegou a propor a concessão por menor tarifa para o leilão de sexta-feira, mas a proposta não foi adotada pelo governo.