O empate em 2 a 2 com o Santos, nesta quarta-feira, não era
o resultado que o torcedor atleticano esperava (confira os principais lances da partida no vídeo acima). Jogando em casa, no
Independência, a expectativa era de uma resposta da equipe, que vinha de
derrota para o maior rival, o Cruzeiro, no último sábado, por 3 a 1, também no estádio do Horto. Para o técnico Levir Culpi, as vaias de parte da torcida nesta
quarta ainda estão relacionadas ao revés no clássico.
- Acho que isso tem muito a ver com o resultado do clássico.
Há uma ansiedade para a partida. A torcida não pode fazer nada, apenas torcer.
Quem pode fazer somos nós, dentro de campo. Há uma impaciência. É irritante
para todo mundo. Erra, vaia, acerta, bate palmas. A gente tem que se acostumar
com isso, infelizmente, mas faz parte do nosso trabalho.
Perguntado se existe a necessidade de trabalhar melhor a
defesa, que levou cinco gols nos últimos dois jogos, o treinador concordou,
apesar de ressaltar que o Santos explorou falhas individuais dos jogadores
atleticanos.
- É lógico (que tem que ajustar a defesa). Quando se toma
gols, tem que ajustar a defesa. Quando se faz gol, é porque está interessante o
ataque. Tem que haver o equilíbrio. Mas não foi por erro de posicionamento, foi
por erros individuais, que eles souberam aproveitar. Foi um jogo aberto,
estivemos mais perto do gol, mas não conseguimos marcar. O Santos vinha com
pressão também. Eu nem peço calma. Não adianta tentar ficar explicando uma
situação, quando a pessoa não quer aceitar. Foi um jogo aberto, bom de ver,
para quem não torce.
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Para Levir, o mais importante é que o Atlético-MG continua
jogando bem e tendo o respeito dos adversários. Segundo o treinador, o Galo
paga, às vezes, por ter um estilo de jogo ofensivo.
- Claro, o time tem que ter regularidade, não pode perder
pontos em casa. Todo mundo sabe. A gente tem que achar um meio de ganhar.
Estamos num momento bom ainda, jogando bem, os times nos respeitam. Jogamos
aberto, buscando o gol, e os adversários aproveitam isso. Quero o time jogando
futebol e procurando a vitória.
Questionado sobre a saída do argentino Lucas Pratto para a
entrada de Jô, que gerou as primeiras vaias de parte da torcida ao treinador,
Levir explicou a substituição.
-
Eu queria equilibrar mais a parte física, com a participação mais forte do Jô,
pois havia muito choque na área. Procuro sempre utilizar os três jogadores (de
ataque), para reequilibrar um pouquinho a parte física. O Pratto, praticamente,
não teve chance de finalizar. O Jô teve uma oportunidade ótima de finalizar no
fim da partida. Se fizesse o gol, todo mundo acharia ótimo e estaria
aplaudindo.
Depois de enfrentar o Peixe, o Atlético-MG terá um intervalo
de dez dias até o próximo compromisso. O time de Levir Culpi só volta a jogar
no dia 20, sábado, às 16h30 (de Brasília), contra o Flamengo, no Maracanã. A
partida é válida pela oitava rodada do Brasileirão. Os jogadores atleticanos
foram liberados para quatro dias de folga após o jogo desta quarta-feira. A reapresentação da equipe na Cidade do Galo
está programada para a próxima segunda-feira. O retorno do Alvinegro ao Independência
acontece no final do mês. No domingo, dia 28, o Atlético-MG recebe o Joinville,
às 11h, no estádio do Horto.