05/11/2013 13h53 - Atualizado em 05/11/2013 14h13

Comércio varejista prevê melhor Natal em dois anos

Expectativa da CNDL e do SPC Brasil é de uma alta de 5% nas vendas.
Pagamento do décimo terceiro salário é a principal razão para o otimismo.

Do G1, em Brasília

As vendas a prazo do comércio varejista, na semana que antecede o Natal (18 a 24 de dezembro), devem avançar 5% neste ano, o que configurará, se confirmado, o melhor resultado dos últimos dois anos, infomaram nesta terça-feira (5) a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), que realizaram sondagem com os lojistas. Em 2012, o crescimento das vendas foi de 2,37% e, no ano anterior, de 2,33%.

A principal razão para o otimismo, ainda de acordo com as entidades, está na entrada de R$ 143 bilhões na economia brasileira em função do pagamento do décimo terceiro salário - um crescimento de 9,8% em relação ao ano de 2012, segundo dados do Dieese.

Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, o aumento da injeção de capital decorrente do décimo terceiro é consequência do aumento do número de pessoas empregadas no Brasil. "Atualmente caminhamos sobre níveis recordes de empregabilidade. Além disso, a inflação foi domada e já está sob controle. Dessa forma, os fatores dinheiro novo combinado com inflação estabilizada melhoram as condições de compra do consumidor", disse ele.

Segundo a CNDL, o crédito deverá ser menos utilizado nas vendas de Natal em 2013 por conta de uma preocupação do consumidor em comprometer menos o próprio orçamento com as parcelas. Na avaliação de Pellizzaro, os consumidores que optarem pelas compras a prazo deverão dividí-las em prazos menores.

Ainda de acordo com o presidente da CNDL, o período natalino é conhecido por beneficiar praticamente todos os segmentos da economia. "No Natal, é comum que o consumidor injete dinheiro das formas mais variadas possíveis. Ele pode comprar uma roupa nova, quitar dívidas, revisar o carro da garagem, dar um vinho de presente e até começar uma reforma. Dessa forma, todas as engrenagens giram para fazer a máquina econômica funcionar", declarou.

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