06/11/2013 16h33 - Atualizado em 06/11/2013 16h33

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 1,5 bilhão na economia de MT

Valor representa um aumento de cerca de 21% com relação a 2012.
Dinheiro deve ser usado para quitar dívidas, compras e poupança.

Do G1 MT

Cerca de R$ 1,5 bilhão deverá circular na economia de Mato Grosso com o pagamento das parcelas do 13º salário em 2013, de acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) do estado. O valor representa aproximadamente 8% do montante pago pelo benefício em todo o país este ano. Em comparação ao ano passado, houve um aumento de aproximadamente 21%, quando R$ 1,2 bilhão entrou em circulação neste período.

Segundo o diretor da Fecomércio-MT, Manuel Gomes, o crescimento nos números neste ano ocorreu em razão do aumento da média salarial, da massa trabalhadora e das oportunidades de trabalho em todo o estado.

O 13º salário, que é uma gratificação natalina paga aos trabalhadores, deverá ser responsável por injetar R$ 550 milhões somente na capital mato-grossense. “Pelo fato de concentrar o maior índice populacional, pela média do salário pago ser mais alto, e por existir mais vagas no serviço público, por exemplo, Cuiabá representa o maior montante do estado”, explicou Gomes.

Na avaliação do diretor, o dinheiro injetado na economia deverá ser utilizado de diferentes formas, mas a maioria acaba quitando dívidas. “Para determinadas camadas, o benefício será usado para eliminar débitos. Outras pessoas preferem investir em bens de consumo, sobretudo em tecnologias inovadoras, como TVs de LCD e dispositivos em formato tablet. Já alguns mais conservadores, na maioria os idosos, deverão poupar o dinheiro”, comentou o diretor da Fecomércio-MT. Ele acrescentou ainda que uma parte dos trabalhadores utiliza o benefício para as viagens, além das tradicionais compras de fim de ano.

Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), os trabalhadores urbanos, rurais, avulsos e o doméstico têm direito a receber o 13º salário. Geralmente o benefício começa a ser pago em duas parcelas entre os meses de novembro e dezembro. Entretanto, as empresas podem fazer acordos com os funcionários e pagar a gratificação com a primeira parcela sendo liberada durante o ano.

Planejamento
O mais importante na hora de decidir como usar o benefício é se organizar e estabelecer prioridades. "Se você não planejar, não sabe até que proporção podem chegar os gastos. A primeira coisa é analisar o que é preciso e o que você quer fazer com esse recurso adicional”, orienta a economista Edjeide Freitas. Ela aconselha que aqueles que possuem algum tipo de débito procurem o credor, seja uma empresa ou instituição financeira, e tentem negociar os valores e, se possível, quitar a dívida.

Segundo ela, o ideal seria dividir o dinheiro e distribuir os gastos. “Uma parte é separada para os gastos de fim do ano, com festas e presentes, por exemplo. A segunda pode ser usada para quitar dívidas. Caso não tenha, pode ser usada para a compra de algum bem à vista, que geralmente tem um bom desconto. E o restante poderia ser guardado como capital de giro, porque ter uma poupança é sempre importante”, explicou a economista.