06/11/2013 20h46 - Atualizado em 06/11/2013 20h46

Governo decide manter térmicas ligadas para evitar apagão no NE

Prevista para 15 dias, operação das usinas já dura dois meses.
CMSE diz que novos estudos de segurança serão feitos na região.

Fábio AmatoDo G1, em Brasília

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu nesta quarta-feira (6) manter ligado um conjunto de 14 usinas termelétricas no Nordeste, acionado desde setembro para evitar que a região passe por um novo apagão.

Em nota, o Ministério de Minas e Energia informou que as térmicas vão continuar funcionando “até que sejam concluídos novos estudos de avaliação pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), quando deverá ser definido um novo limite de segurança para o recebimento de energia para essa região [Nordeste].”

Em setembro, o governo informou que esse conjunto de térmicas iria funcionar de maneira emergencial por um período de apenas 15 dias, até que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concluísse vistoria na rede de transmissão que passa pelo Nordeste. A operação, porém, já dura dois meses.

O prolongamento da medida vai encarecer ainda mais a conta a ser cobrada dos consumidores brasileiros pelo uso de energia térmica, que já é de pelo menos R$ 8,6 bilhões, conforme mostrou o G1 na terça (4). Esse montante, sozinho, já seria suficiente para levar a um aumento médio de 8% na conta de luz.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o custo do despacho das termelétricas no Nordeste, entre setembro e outubro, vai agregar a essa conta outros R$ 253,6 milhões.

O CMSE aprovou o acionamento de 21 usinas do Nordeste no dia 4 de setembro, uma semana depois de um apagão deixar 9 estados sem luz por até 2 horas e meia. A Justificativa era que, ao ligá-las, reduz-se o risco de uma nova interrupção no fornecimento de energia na região. O número de usinas diminuiu depois para 14.

Enquanto isso, a Aneel faria uma vistoria para verificar a limpeza das áreas de servidão, como são chamadas as faixas de terra por onde passam as linhas de transmissão de energia. Tratava-se de uma medida preventiva, pois o apagão do final de agosto, segundo o governo, foi provocado por um incêndio na vegetação sob um trecho da rede que passa pelo interior do Piauí.

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