Agencia EFE

21/02/2014 17h00 - Atualizado em 22/02/2014 07h21

CNN diz que governo da Venezuela revogou sua permissão de trabalho

Segundo rede americana, 7 funcionários tiveram suas licenças negadas.
No dia anterior, Maduro já havia ameaçado expulsão.

Do G1, em São Paulo

A rede de televisão 'CNN' informou nesta sexta-feira (21) que o governo da Venezuela revogou a licença de trabalho de sete funcionários da empresa americana para trabalhar no país. Segundo a rede, equipes que não ficam baseadas na Venezuela foram orientadas a "reservar voos de volta a seus países de origem."

Ainda de acordo com a rede, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, se referiu ao canal como "um grupo de fascistas que querem nos tirar a paz com suas agressões. Eles não farão isso. E vamos mostrar a eles."

Nicolás Maduro já havia ameaçado nesta quinta-feira "bloquear" a rede de televisão americana CNN caso a emissora mantenha o que chamou de "propaganda de guerra". "Pedi à ministra (das Comunicações) Delcy Rodríguez que notifique à CNN sobre o início do processo administrativo para tirá-los da Venezuela caso não mudem isto. Já basta de propaganda de guerra", advertiu Maduro em mensagem à nação.

"Estava agora no meu gabinete vendo a CNN. Durante as 24 horas do dia sua programação é de guerra. Eles querem mostrar ao mundo que na Venezuela há uma guerra civil, mas na Venezuela o povo está trabalhando."

Maduro pediu "equilíbrio" e que o canal retifique sua cobertura para seguir presente na programação das operadoras de televisão a cabo do país.

"Eu sei que o país me acompanha nesta investigação administrativa que abri, confio na retificação da 'CNN'", disse em entrevista coletiva.

A rede informou em seu site que tem "repetidamente pedido reuniões com autoridades" e que o canal "tem reportado ambos os lados da tensa situação na Venezuela, mesmo com muito pouco acesso às autoridades do governo". A rede acrescentou que no momento em que as credenciais foram banidas, o canal estava pedindo uma entrevista com o presidente e que espera que o governo "reconsidere sua decisão". "Enquanto isso a rede continuará reportando a Venezuela do modo justo, preciso e balanceado pelo qual somos conhecidos."

Na semana passada, o governo venezuelano bloqueou o canal de notícias colombiano a cabo NTN24, sob a acusação de tratar de gerar "frustração" entre a população, quando transmitia confrontos após uma passeata da oposição.

O NTN24 pretendia "transmitir um fracassado golpe de Estado como o de 11 de abril (de 2002, contra o então presidente Hugo Chávez). Fora do ar NTN24!", disse Maduro na ocasião.

 

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