31/07/2013 09h39 - Atualizado em 31/07/2013 21h13

PIB dos EUA cresce 1,7% no 2º trimestre de 2013

No primeiro trimestre, economia havia avançado 1,1%.
Essa é a primeira estimativa divulgada pelo governo norte-americano.

Do G1, em São Paulo

PIB dos EUA no 2º trimestre (Foto: Editoria de Arte/G1)

A economia dos Estados Unidos – a maior do mundo – cresceu a uma taxa anual de 1,7% no segundo trimestre de 2013, em ritmo mais acelerado que o anterior, de acordo com os números divulgados pelo Departamento de Comércio do governo norte-americano nesta quarta-feira (31). Nos primeiros três meses do ano, o PIB norte-americano crescera 1,1% (dado revisado).

Essa é a primeira estimativa divulgada pelo governo norte-americano. A segunda será conhecida em 29 de agosto.

Antes de o governo divulgar a revisão do crescimento da economia no primeiro trimestre, de 1,8% para 1,1%, os economistas consultados pela Reuters e pela Bloomberg estimavam que o PIB do segundo trimestre cresceria ao ritmo de 1%.

Os EUA utilizam a análise anualizada do PIB de cada trimestre. No cálculo, o PIB do período é elevado à quarta potência para simular o comportamento da atividade econômica se o mesmo ritmo de crescimento for mantido. Já no Brasil, é mais utilizada a comparação de um trimestre ante o trimestre imediatamente anterior.

 No mercado acionário brasileiro, a bolsa de valores sobe na manhã desta quarta-feira, com investidores avaliando a notícia de que o crescimento econômico dos Estados Unidos acelerou inesperadamente no segundo trimestre.

A recuperação nos gastos empresariais, o crescimento das exportações e forte moderação no ritmo de queda nas despesas do governo impulsionaram o crescimento econômico no período de abril a junho, compensando a desaceleração nos gastos do consumidor e a taxa estável de acúmulo de estoques.

(Assista ao lado entrevista da economista Mônica de Bolle à editora de economia da GloboNews, Juliana Rosa, sobre o PIB dos EUA)

Mesmo assim, o relatório marca o terceiro trimestre consecutivo de crescimento do PIB abaixo de 2%, um ritmo que normalmente seria muito fraco para diminuir o desemprego.

As autoridades do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, lutando com uma decisão sobre o futuro do programa de compra de títulos de US$ 85 bilhões ao mês, provavelmente irão observar a revisão para baixo do crescimento do primeiro trimestre, mas encontrarão conforto na aceleração da produção no último trimestre, quando eles concluírem a reunião de dois dias nesta quarta-feira.

O chairman do Fed, Ben Bernanke, disse no mês passado que o banco central deve começar a reduzir as compras de títulos ainda neste ano, e provavelmente interrompê-las até meados de 2014, se a economia progredir como esperado.

Revisões
O governo tem implementado algumas mudanças no modo que calcula o PIB. Por exemplo, a partir de agora, os gastos com pesquisa e desenvolvimento serão agora tratados como investimento.

As revisões também mostram uma maior taxa de poupança, um bom presságio para os gastos do consumidor no futuro.

Os impostos mais altos, visto que Washington tenta encolher o déficit de orçamento do governo, prejudicaram os gastos do consumidor no segundo trimestre, mantendo a economia em um ritmo fraco de crescimento.

Os gastos do consumidor, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos, desaceleraram para ritmo de crescimento de 1,8%, após terem subido 2,3% no primeiro trimestre.

Nesta quarta-feira também foi anunciado que o setor privado dos Estados Unidos criou 200 mil vagas em julho, de acordo com estimativa divulgada nesta quarta-feira (31) pela Automatic Data Processing (ADP) em parceria com a Moody's Analytics. O resultado ficou acima do esperado por alguns economistas, que previam uma geração de 183 mil a 185 mil postos.

As pequenas empresas, com até 49 funcionários, foram responsáveis pela criação de 82 mil vagas. As companhias de médio porte (de 50 a 499 funcionários) abriram 60 mil vagas, enquanto as grandes empresas (com mais de 500 funcionários) criaram 57 mil postos de trabalho.

O setor de serviços abriu 177 mil vagas, enquanto o de produção de bens gerou 22 mil empregos. O segmento industrial foi o único que eliminou vagas no mês de julho (-5 mil). Já o setor de construção criou 22 mil postos de trabalho.

 

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