31/07/2013 17h02 - Atualizado em 31/07/2013 17h08

Dólar fecha em leve alta após Fed manter estímulo à economia dos EUA

Moeda norte-americana fechou com valorização de 0,08%, a R$ 2,2824.
Fed manteve programa de compra de ativos no valor de US$ 85 bi ao mês.

Do G1, em São Paulo

O dólar comercial desacelerou a alta no final do dia e fechou em leve valorização nesta quarta-feira (31) após o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do banco central dos Estados Unidos, repetir que manterá o ritmo do programa de compra de ativos no valor de US$ 85 bilhões por mês, diz a Reuters.

Com a valorização, a moeda fechou novamente no maior patamar desde 1º de abril de 2009 - o que já ocorrera na segunda e terça-feira.

Mais cedo, a moeda dos Estados Unidos registrou altas mais expressivas, chegando ao patamar de R$ 2,30, diante da disputa pela formação da Ptax e por dados que mostraram aceleração do ritmo de crescimento econômico dos Estados Unidos e alimentavam expectativas sobre redução nos estímulos do Fed.

A moeda norte-americana fechou em leve alta de 0,08%, a R$ 2,2824 na venda. Veja a cotação

"Como o Fed mantém o incentivo monetário, o dólar tende a cair. Além disso, o BC fez três leilões de swap cambial [que equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro]. É uma somatória de notícias para derrubar o dólar", afirmou um operador de uma corretora brasileira, à agência Reuters.

Durante a manhã, o dólar chegou a registrar alta de quase 1%, bastante influenciado pela briga na formação da Ptax.

Neste período, o BC realizou três leilões de swap cambial tradicional, numa atuação que não fazia há mais de uma década.

A última vez que a autoridade monetária fez três leilões de swap tradicional num mesmo dia foi em agosto de 2002 e, segundo operadores, a ação agora serviu para tentar segurar a cota ção.

No primeiro leilão, o BC vendeu o lote integral de 30 mil contratos de swaps e, no segundo, ofertou a mesma quantidade e vendeu um pouco mais da metade. Logo em seguida, anunciou que faria outro leilão, mas de 15 mil contratos, e acabou não vendendo nenhum deles.

"O fato de ele (BC) não ter vendido mostra que não tem tanta de falta de liquidez. Se o mercado estivesse com sede, teria tomada em qualquer taxa", disse operador de câmbio da B&T Corretora Marcos Trabbold, à Reuters.

Pela manhã, o mercado cambial também ficou sob a expectativa do anúncio do Fomc, uma vez que importantes dados econômicos dos EUA foram divulgados e indicaram recuperação, como o  Produto Interno Bruto (PIB) - com expansão 1,7%, melhor do que o esperado - e a geração de empregos do setor privado acima das previsões em julho.

À tarde, no entanto, o Fed informou que a economia continua se recuperando mas ainda necessita de suporte, não oferecendo indicações de que uma redução no ritmo de aquisição de ativos  seja iminente.

Por ora, a autoridade monetária continuará comprando os US$ 85 bilhões em títulos hipotecários e dívida do Tesouro norte-americano por mês em seus esforços para dar força a uma economia ainda desafiada por aperto fiscal federal e fraco crescimento no cenário internacional.

Isso significa que, pelo menos por enquanto, a liquidez nos mercados financeiros não será afetada pelo Fed.

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