A agência de análise de risco Standard & Poor's anunciou nesta quinta-feira (31) que rebaixou, de "C" para "D", a nota de crédito de emissões da OGX Austria, subsidiária europeia da empresa de Eike Batista.
A nota "D" é a última do ranking da S&P. Os ratings da própria OGX já estavam com essa classificação. Segundo a agência, o rebaixamento segue o pedido de recuperação judicial feito pela OGX na quarta-feira.
A S&P lembra que a OGX já deixou de efetuar o pagamento dos juros relativos às suas senior notes, com vencimento em 2022, em 1º de outubro de 2013. O próximo pagamento de juros referente às senior notes com vencimento em 2018 da OGX Austria estava previsto para 1º de dezembro de 2013.
"Monitoraremos o progresso do plano de recuperação da OGX, incluindo sua reestruturação de dívida. Quando, e se, esse default for solucionado, reavaliaremos a qualidade de crédito da empresa à medida que reorganiza seu controle acionário, estrutura de capital e plano de negócios", diz a agência em nota.
Moody's
Mais cedo, também nesta quinta, a agência de risco Moody's rebaixou o rating corportivo da OGX para "C" de "Ca", a último da lista de classificação da agência, chamado informalmente de "lixo", como resultado do pedido da OGX de recuperação judicial. A perspectiva do rating permanece negativa.
Na sequência das ações de ratings desta quinta, a Moody´s irá retirar todos os ratings da OGX, em virtude do pedido de recuperação judicial, e não irá mais analisar a companhia.
Nesta quarta, a OGX entrou com pedido de recuperação judicial, feito pelo advogado Sergio Bermudes e confirmado por ele antes mesmo do fechamento dos mercados.
A agência Moody's diz que a nota "C" reflete a expectativa fraca de recuperação das notas sem garantias de ativos reais. "Sob análises de diversos cenários de recuperação, a Moody´s espera que a recuperação seja inferior a 20% no caso das notas sem garantias de ativos reais", diz a nota da agência, divulgada nesta quinta-feira (31).
Na justificativa, a Moody's vê que a empresa dívidas elevadas "em relação ao seu perfil atual de produção mínima". A OGX tem direito a diversas concessões offshore no Brasil, mas com "valores altamente incertos".
OSX
A agência aponta que o plano de recuperação será prolongado e coloca em questão "diversos arranjos contratuais de longo prazo" da OGX com a OSX, também do grupo EBX, que trazem elevado grau de incerteza. "Permanece um elevado grau de incerteza com relação às demandas da OSX no processo de recuperação judicial no Brasil, uma vez que a OSX é parte relacionada à OGX", diz a Moody's.
