Na fazenda de Antonio de Souza, em São Sebastião do Paraíso, sul de Minas Gerais, os apanhadores de café correm contra o tempo. Dos 40 hectares, 10 ainda não foram colhidos.
Cerca de 80% do café produzido no sul de Minas Gerais já foi colhido, mas faltando menos de um mês para o fim da colheita, ainda tem muito café nos pés. O motivo do atraso na colheita é a chuva, que este ano também prejudicou a qualidade do grão. Ele está menor e pesa menos.
Hoje a saca do café arábica é vendida por, em média, R$ 280, valor considerado baixo pelos produtores.
Na fazenda de Eder José Giacchero a colheita está no final. Boa parte do café já está secando, mas apenas 700 sacas foram vendidas, o que representa menos de 20% da produção.
Eder agora está estocando o produto na esperança de preços melhores no futuro. “Precisamos de uma melhora porque nesses níveis, grande parte dos produtores não consegue manter as lavouras”, diz.