(Foto: Jim Watson/AFP)
O Senado dos Estados Unidos, de maioria democrata, rejeitou nesta segunda-feira (30) a proposta da Câmara, de maioria republicana, para retardar em um ano a entrada em vigor da reforma da saúde, chamada de "Obamacare", em troca de financiamento temporário do governo federal a parir de terça-feira, diz a agência Reuters.
Em voto partidário de 54 contra 46, o Senado, de maioria democrata, rejeitou o adiamento do "Obamacare" e da emenda da Câmara que revogaria um imposto sobre aparelhos médicos.
O plano orçamentário que fora aprovado no domingo na Câmara dos EUA evitaria um 'fechamento temporário' do governo federal, partir da 0h01 dessa terça-feira.
Se não houver um acordo, os salários de cerca de 800 mil funcionários serão congelados temporariamente, Parques Nacionais mantidos pelo governo ficarão fechados e a emissão de passaportes e vistos registrará atrasos.
Impasse
Os republicanos, por sua vez, se recusam a aprovar uma nova permissão de gastos se não forem atendidos esses dois pedidos que estavam na proposta rejeitada pelo Senado: adiar em um ano a entrada em vigor da lei de assistência à saúde e eliminar o imposto criado para financiar a cobertura de pessoas sem plano de saúde.
Os democratas, por sua vez, não querem mudanças no projeto de saúde.
Se o Congresso não chegar a um acordo, será a primeira paralisia do Estado americano desde janeiro de 1996, quando o democrata Bill Clinton presidia o país.
Esse impasse deve seguir causando mais estresse nos mercados financeiros. No Brasil, o dólar fechou em alta no último pregão da semana passada, afetado por temores sobre um possível calote da dívida dos Estados Unidos.