09/09/2013 08h30 - Atualizado em 09/09/2013 08h51

Mercado prevê mais crescimento e menos inflação para 2013

Analistas também estimam uma alta maior dos juros básicos neste ano.
Para 2014, cenário é inverso: estimativa é de mais inflação e menos PIB.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

Os economistas do mercado financeiro elevaram, na semana passada, sua previsão para o crescimento da economia brasileira e reduziram sua estimativa para o comportamento da inflação neste ano, informou o Banco Central nesta segunda-feira (9) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus.

Sobre a inflação, os economistas do mercado financeiro reduziram sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano de 5,83% para 5,82%

O documento da autoridade monetária é fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. Para o ano de 2014, porém, o cernário é inverso: os analistas dos bancos passaram a estimar mais inflação e menos expansão econômica.

Crescimento econômico
Para o comportamento do PIB, o mercado financeiro subiu sua expectativa, em 2013, de 2,32% para 2,35% de expansão na última semana. A alta, que é a segunda consecutiva, aconteceu após a divulgação do PIB do segundo trimestre pelo IBGE na semana retrasada. O resultado mostrou uma expansão de 1,5% sobre os três primeiros meses deste ano - acima da expectativa do mercado financeiro. Para o ano que vem, a estimativa de expansão econômica do mercado financeiro, porém, recuou de 2,30% para 2,28%.

Inflação
Sobre a inflação, os economistas do mercado financeiro reduziram sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano de 5,83% para 5,82%. Já para 2014, a previsão dos economistas dos bancos avançou de 5,84% para 5,85%.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que a inflação teria queda neste ano frente ao patamar registrado em 2012 (5,84%) e no ano de 2014. Embora ainda continue acreditando na desaceleração da inflação neste ano, o mercado prevê, entretanto, crescimento da inflação em 2014 – último do mandato da presidente Dilma Rousseff.

Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Juros
Depois do aumento dos juros no fim de agosto por parte do Banco Central, para 9% ao ano, o mercado financeiro subiu a estimativa para os juros no fim deste ano. A expectativa dos economistas dos bancos para a taxa básica da economia, fixada pela autoridade monetária, passou de 9,5% para 9,75% ao ano no fechamento de 2013.  Para o fechamento de 2014, a previsão ficou estável em 9,75% ao ano na semana passada.

Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2013 permaneceu inalterada em R$ 2,36 por dólar. Para o fechamento de 2014, a estimativa dos analistas dos bancos para o dólar ficou estável em R$ 2,40.

A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2013 recuou de US$ 3 bilhões para R$ 2,5 bilhões na semana passada. Para 2014, a previsão de superávit comercial subiu de US$ 8 bilhões para US$ 10 bilhões na última semana.

Para 2013, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 60 bilhões. Para 2014, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros continuou em US$ 60 bilhões na última semana.

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