03/10/2013 15h30 - Atualizado em 03/10/2013 15h38

Casa Branca diz que Obama não tem poder para ignorar teto da dívida

Governo não vê escape na Constituição para evitar um calote.
Também é apontada 'controvérsia' sobre presidente 'agir unilateralmente'.

Do G1, em São Paulo

A Casa Branca informou nesta quinta-feira (3) que não acredita que a Constituição dos Estados Unidos dê ao presidente uma válvula de escape para evitar um calote da dívida norte-americana se o Congresso não elevar o limite da dívida antes de ele seja alcançando em duas semanas.

O secretário de imprensa Jay Carney durante o seu pronunciamento diário na Casa Branca, nesta terça (21) (Foto: Carolyn Kaster / AP)O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
(Foto: Carolyn Kaster / AP)

"Esse governo não acredita que a 14ª Emenda dê ao presidente poder para ignorar o teto da dívida", disse o porta-voz da Casa Branca Jay Carney em um briefing, segundo a Reuters.

"Mais do que isso, mesmo que o presidente pudesse ignorar o teto da dívida, o fato de que há uma significativa controvérsia sobre a autoridade do presidente para agir unilateralmente significa que não seria uma alternativa de credibilidade à elevação do teto da dívida pelo Congresso", acrescentou.

EUA não darão calote
Um porta-voz do presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, John Boehner, disse nesta quinta-feira que o principal integrante do Partido Republicano sempre disse que o país não dará o calote de sua dívida, mas que não há votos suficientes na Casa para aprovar uma elevação do limite da dívida sem o acréscimo de provisões.

"O presidente da Câmara John Boehner sempre disse que os Estados Unidos não darão calote de sua dívida. Ele também disse que não há votos suficientes na Câmara para aprovar um projeto 'puro' sobre o limite de dívida. É por isso que precisamos de um projeto de lei com cortes e reformas", disse o porta-voz, também de acordo com a Reuters.

O assessor respondia a um pedido da Reuters de confirmação de uma matéria do "New York Times" que afirmava que Boehner informou a parlamentares republicanos que tinha a intenção de evitar um calote e que estava disposto a aprovar a elevação do teto da dívida com apoio de democratas e republicanos.

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