10/11/2013 07h58 - Atualizado em 10/11/2013 07h58

Negócio de aluguel de produtos hospitalares fatura R$ 1 milhão

Empresa aluga camas que custam R$ 2 mil por R$ 100 por mês.
Principais clientes são idosos e seguradoras de saúde.

Do PEGN TV

Lojas faturam oferecendo aluguel de andadores, cadeiras de rodas e camas de hospital para auxiliar pessoas com necessidades especiais como Waldemar Abee, de 77 anos, que vai passar por uma cirurgia no fêmur e alugou uma cama.

Waldemar fez as contas e não teve dúvidas: não compensa comprar uma cama para usar tão pouco. “Uns dois, três meses, para ver se já resolve tudo. Que seja bem rápido, tanto a operação,  quanto a recuperação também”, diz.

A população brasileira está envelhecendo, o que mostra que o negócio tem potencial. Segundo o IBGE, o Brasil terá mais de 58 milhões de idosos até 2060, cerca de 26% da população.

Antevendo isso, nos anos 90, José Carlos Moia montou uma empresa que aluga macas, cadeiras de roda, andadores, e camas hospitalares. “O segredo do sucesso foi ter percebido rápido o mercado em ascensão, uma novidade para os anos 90, e trabalhado com o que há de melhor também para ter conforto, né? Porque o que já tinha já estava ficando obsoleto, então acredito que o que nós fizemos foi trazer para o mercado uma diferença que é a qualidade dos equipamentos”, diz o empresário.

Hoje, 70% dos clientes da empresa de José Carlos têm mais de 65 anos. Já as seguradoras de saúde, que apostam no home care, a recuperação do paciente em casa, respondem por 30% do faturamento.

“Os convênios são os maiores favorecidos porque se tiverem aí 300 equipamentos na rua, são 300 pessoas que eles estão retirando do hospital. Obviamente o custo é enorme de manter 300 pessoas no hospital e é por isso que é bom pra eles. E é uma fatia boa pra gente porque acarreta volume, eles alugam mais”, diz o empresário.

Logo de início, o empresário constatou: este é um negócio de alta procura e rentabilidade, mas e preciso paciência, já que o retorno leva tempo. O investimento de R$ 2 mil em uma cama, que é alugada por R$ 100 por mês, por exemplo, leva 20 meses para ser recuperado.

Por outro lado, há a vantagem de que a partir daí, é quase só lucro. A cama dura em média 10 anos, necessita de pouquíssima manutenção e a procura é tanta que fica alugada praticamente o ano todo. É assim com boa parte dos equipamentos, tanto que menos de 10% ficam na empresa, o resto fica alugado, na casa do cliente.

Quando são devolvidos, os equipamentos são higienizados e no mesmo dia já seguem para a casa de outro paciente. No total, há hoje dois mil equipamentos alugados em São Paulo e o empresário planeja levar os equipamentos para o interior com parcerias.

O negócio é vantajoso para o cliente, já que a maioria usa o equipamento por até três meses e gasta, no máximo, a metade do valor de um novo. Por exemplo, uma cadeira de rodas que custa R$ 400 é alugada por R$ 60 por mês e a cadeira higiênica, que custa R$ 180 para venda, é alugada por R$ 35 por mês.

Com R$ 300 mil é possível montar uma empresa de locação de equipamentos hospitalares. O empresário Carlos Moia também investe R$ 3 mil por mês em anúncios na internet para divulgar o negócio. O resultado é que a empresa cresce 15% todo ano e o faturamento anual chega a R$ 1 milhão.

Moia avisa que não adianta comprar equipamentos baratos para economizar: o mercado exige conforto. As camas automaticas têm regulagem de altura, as cadeiras são com encosto alto, reclinável e têm apoio móvel para pés e os andadores têm banquinho para sentar.

CONTATOS:
EQUIPPA
Empresário: José Carlos Moia
Rua Bárbara Heliodora, 575 – Vila Romana
São Paulo/SP – CEP: 05044-040
Telefone: (11) 3675-2843/ 3868-3351
www.equippa.com.br
www.camahospilar.com.br

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