12/11/2013 11h31 - Atualizado em 12/11/2013 11h40

Reajuste de combustíveis não é tema de reunião da Petrobras, diz Mantega

Conselho Administrativo da empresa tem reunião extraordinária nesta terça.
Petrobras está discutindo nova metodologia de reajuste de combustíveis.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou nesta terça-feira (12) que um eventual reajuste de combustíveis não será tratado na reunião extraordinária do Conselho de Administração da Petrobras, marcado para as 15h de hoje em Brasília. Mantega é o presidente do conselho da empresa estatal.

A Petrobras informou recentemente que os reajustes de combustíveis serão "automáticos", baseados em diferentes "variáveis", mas não deu detalhes sobre quando as novas regras começarão a valer.

O Conselho da Petrobras, integrado por representantes do governo (sócio controlador), incluindo Mantega, pediu prazo até 22 de novembro para avaliar a nova metodologia proposta pela diretoria.

A nova metodologia visa garantir que a Petrobras possa cumprir seu grande plano de investimentos, assim como reduzir a alavancagem, em um momento que o índice superou o "teto desejável" de 35%, disse o diretor financeiro da empresa estatal, Almir Barbassa, no mês passado.

"O que estamos prevendo é que a nova política contemple a nossa previsibilidade e permita a implantação do plano de negócios que temos", afirmou Barbassa na ocasião, referindo-se aos investimentos de US$ 236,7 bilhões previstos de 2013 a 2017.

O governo controla os reajustes de combustíveis da estatal por conta questões relacionadas à inflação. Já a Petrobras quer que a nova metodologia traga maior previsibilidade do alinhamento dos preços domésticos do diesel e da gasolina aos preços praticados no mercado internacional.

A atual política de preços da Petrobras, com reajustes esporádicos que não acompanham valores internacionais no curto prazo e provocam defasagem, está afetando a companhia num momento em que a empresa vem importando derivados para fazer frente ao crescimento do consumo brasileiro, principalmente por diesel.

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