11/12/2013 12h00 - Atualizado em 11/12/2013 14h27

Dilma diz a empresários que reforma tributária exigirá 'determinação'

Presidente apontou 'dificuldades e barreiras' para promover a reforma.
Ela discursou na abertura do 8º Encontro Nacional da Indústria.

Filipe Matoso e Juliana BragaDo G1, em Brasília

Dilma participa da abertura do 8º Encontro Nacional da Indústria, em Brasília (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Dilma participa da abertura do 8º Encontro Nacional da Indústria, em Brasília (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Diante de uma plateia de empresários, a presidente Dilma Rousseff reconheceu nesta quarta-feira (11) que a reforma tributária exigirá mais"empenho e determinação" do governo federal. Em seu discurso na abertura do 8º Encontro Nacional da Indústria, em Brasília, a chefe do Executivo ressaltou à iniciativa privada que há "dificuldades e barreiras" para promover as mudanças nas regras tributárias do país.

"Nós fizemos muito para reduzir e racionalizar a carga tributária, mas quero reconhecer que as dificuldades e barreiras existentes diante do desafio de promover uma efetiva reforma tributária no Brasil vão exigir de nós ainda mais empenho e determinação", disse Dilma no encontro organizado anualmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) que reúne empresários e líderes de entidades ligadas ao setor.

Nós fizemos muito para reduzir e racionalizar a carga tributária, mas quero reconhecer que as dificuldades e barreiras existentes diante do desafio de promover uma efetiva reforma tributária no Brasil vão exigir de nós ainda mais empenho e determinação"
Dilma Rousseff, presidente da República

No pronunciamento aos empresários que lotaram auditório do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, Dilma também falou sobre o compromisso de modernizar as estruturas do estado brasileiro e reduzir a burocracia no país. Ela pediu empenho de todos.

"Um combate à tradição infelizmente burocrática, a tradição do selo e do carimbo que o Brasil adotou desde a colônia", defendeu. "Nenhum país no mundo entrou na era do desenvolvimento, ou melhor, se tornou um país desenvolvido e uma nação próspera e educada sem ter passado por processos, mal ou bem, de modernização das suas estruturas institucionais e das sua capacidade de relacionar-se com a sociedade", sustentou.

Nesse contexto, Dilma voltou a falar sobre seu compromisso com a reforma tributária. "Todos esses compromissos, o da infraestrutura, o da reforma tributária, são compromissos que eu reafirmo a todos os industriais reunidos aqui. Mas esse eu acredito que nós temos de eleger como um compromisso da sociedade brasileira porque ele também está lastreado por uma cultura que, de uma forma ou de outra, está em muitos de nós", disse referindo-se à redução da burocracia.

Concessões ao setor privado
Durante o evento do setor industrial, Dilma Rousseff voltou a enfatizar a importância do leilão do Campo de Libra e disse que o desenvolvimento industrial terá um impulso com a exploração da camada do pré-sal.

"[O ano de] 2013 foi o ano da retomada dos leilões, todos bem sucedidos, mas é inevitável não destacar o leilão de Libra, primeiro bloco do pré-sal que será explorado sob regime de partilha. Libra é um campo extraordinário, pelos rendimentos e pelo estímulo que dará ao desenvolvimento industrial", disse.

Dilma afirmou ainda que o governo tem enfrentado "gargalos de logística" para viabilizar o crescimento econômico brasileiro.

"Enfrentamos gargalos de logística, prejudiciais à nossa indústria e gargalos energéticos gravíssimos, quando se trata de crescimento e de futuro. Fizemos muito, mas teremos de fazer muito mais em 2014, por exemplo, mais concessões ocorrerão, notadamente, nas áreas de ferrovias, portos e também no que se refere à autorização de terminais de uso privativo", completou a presidente.

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