O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) firmou-se no campo negativo nesta quarta-feira (11), após o mercado acionário norte-americano abrir em queda, com investidores evitando assumir risco antes da reunião do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, na próxima semana.
Às 15h15, o Ibovespa tinha queda de 1,22%, a 50.368 pontos. Veja cotação
O papel da Oi, com queda de mais de 4%, era a maior influência negativa.
Antes da abertura dos mercados, a LLX, empresa de logística do empresário Eike Batista, anunciou a alteração do nome da companhia para Prumo. Os papéis da empresa caíam mais de 3%.
Na véspera, o índice fechou em queda, interrompendo sequência de três altas.
Nesta manhã, o índice operou perto da estabilidade, mas a ponta vendedora ganhou força na sequência da abertura dos mercados acionários norte-americanos no vermelho.
Em um dia com poucas divulgações, investidores avaliavam um acordo no Congresso dos EUA que pretende evitar que o governo fique sem fundos em 15 de janeiro e estabelece os níveis de gastos da administração federal até 1 de outubro de 2015.
Depois de uma paralisação parcial ter afetado o governo norte-americano em outubro, o acordo gerava certo alívio, uma vez que pode evitar uma nova parada no início do ano que vem.
"(Por outro lado) este acerto tende a abrir mais espaço para o Fed iniciar em breve sua redução de estímulos", afirmaram analistas do BB Investimentos em relatório.
A Bovespa tem operado de lado nas últimas sessões, tanto por conta da espera por novos dados econômicos dos EUA e pela reunião de política monetária do Fed, quanto pela diminuição no volume de negócios devido à proximidade do fim do ano.
"Parece que há pouco interesse de investidores em tomar risco significativo", afirmou o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital.
O Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed (Fomc, na sigla em inglês) se reúne pela última vez neste ano nos dias 17 e 18 de dezembro.
"O mercado está muito indefinido até quarta-feira que vem, então qualquer movimento o leva para cima ou para baixo", disse o operador de renda variável da Renascença DTVM Luiz Roberto Monteiro.
No cenário corporativo, a Oi tinha a maior queda percentual e o setor financeiro exercia a maior pressão negativa no índice, por conta da queda dos papéis do Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil.