12/09/2013 17h22 - Atualizado em 12/09/2013 17h40

Bovespa fecha em queda pelo 3º dia puxada por Petrobras e bancos

Ibovespa teve variação negativa de 0,49%, a 53.307 pontos.
Com alta de mais de 6% no mês, investidores vendem ações para ter lucro.

Da Reuters

O principal índice da Bovespa fechou em queda pelo terceiro dia seguido nesta quinta-feira (12), com a desvalorização do  setor financeiro e da Petrobras ofuscando o avanço de papéis de construtoras e de consumo, após fortes vendas no varejo em julho.

O Ibovespa teve variação negativa de 0,49%, a 53.307 pontos. Veja cotação

No mês, a alta é de 6,6%. Na semana, a bolsa acumula queda de 0,82% e no ano, de 12,54%.

Após forte alta no início de setembro, a bolsa paulista manteve a tendência de valorização das duas últimas sessões, mas nos três últimos dias investidores optaram por embolsar ganhos após o Ibovespa ter superado os 54 mil pontos na segunda-feira.

"O mercado perdeu um pouco de força em função de realização, não há nenhum fato novo (...) O índice estava com alta de 7% no mês (até o fechamento de quarta-feira)", afirmou o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos.

Ações
Ações de bancos, que têm alto peso no índice, e papéis da Petrobras puxaram a queda do Ibovespa. Na quarta-feira, a presidente-executiva da estatal, Maria das Graças Foster, afirmou que não há sinal de que a empresa promoverá reajuste de combustíveis.

Embraer também fechou em queda. O papel acumulou valorização de cerca de 40% em 2013 até o fechamento do último pregão, ante queda de 12,1% do Ibovespa.

No sentido contrário, ações de companhias de consumo resistiram à onda de realização. Cia Hering, Lojas Renner, Pão de Açúcar e Lojas Americanas subiram, impulsionadas por fortes de vendas no varejo.

Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que as vendas no varejo brasileiro cresceram 1,9% em julho contra junho, ritmo mais rápido desde janeiro de 2012. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, as vendas varejistas subiram 6%, acima do esperado, segundo pesquisa da Reuters com economistas.

"(O pregão) está meio morno, mas o dado do varejo, que veio acima das previsões, particularmente nos setores de tecidos, vestuário e calçados, acaba dando um otimismo para o setor", afirmou o economista da Saga Capital, Gustavo Mendonça.

O mercado esperava que fosse movimentar a sessão o resultado do relatório sobre pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, que poderia oferecer pistas sobre os próximos passos do programa de estímulos do banco central norte-americano.

O número de novos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caiu de forma acentuada, mas grande parte da queda aparentemente aconteceu por problemas técnicos no processamento dos pedidos, ofuscando a interpretação dos dados antes da reunião do banco central norte-americano.

Nova metodologia do Ibovespa
Investidores digeriam ainda a notícia de que a bolsa paulista promoverá no ano que vem a primeira mudança na metodologia do Ibovespa em 45 anos, num esforço para torná-lo menos suscetível a oscilações bruscas e mais representativo do conjunto da economia do país.

O novo critério passará a levar em conta, além da liquidez, o valor de mercado das companhias em circulação no mercado. Papéis com valor inferior a R$ 1 cada, como os da petroleira OGX, devem ser excluídos do índice.

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