22/11/2013 10h01 - Atualizado em 22/11/2013 10h39

SP, RJ, MG, RS e PR concentravam 65,2% do PIB em 2011, mostra IBGE

SP liderava, com a fatia de 32,6%, mas perdeu participação frente 2010.
Na outra ponta, os dez estados com menor participação somaram 5,3%.

Do G1, em São Paulo

Em 2011, cinco estados concentravam a maior parte do PIB, segundo a pesquisa Contas Regionais do Brasil de 2011, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (22).

O grupo formado por São Paulo (32,6%), Rio de Janeiro (11,2%), Minas Gerais (9,3%), Rio Grande do Sul (6,4%) e Paraná (5,8%) concentrava 65,2% do PIB em 2011. Em 2002, a fatia era maior, de 68%.

Na outra ponta, os dez estados com menor participação somaram 5,3%, enquanto os outros 12 estados passaram de 27,1% para 29,5% no período, o maior crescimento entre os três grupos.

De acordo com o IBGE, foi registrada uma redistribuição da participação entre os quatro estados da região Sudeste, com a fatia de 55,4% do PIB. São Paulo, que segue em primeiro lugar no ranking, perdeu cerca de 0,5 ponto percentual ao passar de 33,1% para 32,6% no período - a menor participação na série iniciada em 2002.

"Isso ocorreu porque a indústria de transformação brasileira atingiu, em 2011, sua menor participação na série (14,6% contra 16,2% em 2010). Com isso, o estado teve perda de representatividade da indústria de transformação de 42,0% para 41,8%. Também houve queda na participação do comércio e da produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana", diz a nota.

Já a parcela do Rio de Janeiro aumentou, passando de 10,8% para 11,2%, e Espírito Santo, de 2,2% para 2,4%. Minas Gerais se manteve com 9,3%.

"O resultado do Rio de Janeiro foi influenciado pela elevação do preço médio do petróleo, conferindo aumento da participação de 35,3% para 39,8% da atividade da indústria extrativa fluminense, o que aumentou o peso na economia do estado de 9,8% para 14,5%", afirma a nota do IBGE.

"O ganho de participação do Espírito Santo de 2,2% em 2010 para 2,4% em 2011 relaciona-se ao aumento de 0,4 ponto percentual do setor industrial do estado, passando de 2,7% em 2010 para 3,1% em 2011".

No caso de Minas Gerais, a indústria extrativa, que tem no minério de ferro seu principal produto, perdeu participação relativa no Brasil devido ao "ganho de representatividade dos estados produtores de petróleo".

Fatia de cada região
A representatividade da região Sul caiu de 2010 para 2011 e ficou com participação de 16,2% no PIB. O Rio Grande do Sul passou de 6,7% em 2010 para 6,4% em 2011. Santa Catarina ficou com 4,1%, e Paraná manteve o mesmo patamar de 2010, 5,8%.

A região Norte, com 5,4% do PIB em 2011, avançou entre 2010 e 2011. O aumento da fatia da região ocorreu pelo avanço de Rondônia, de 0,6% em 2010 para 0,7% em 2011, "influenciado pelo impacto da construção das hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio no rio Madeira".

Tocantins recuou para 0,4% em 2011 e os outros estados mantiveram a participação de 2010.

A região Nordeste reduziu sua participação para 13,4% do PIB. Dos estados nordestinos, somente Maranhão, Paraíba e Bahia alteraram suas participações no PIB brasileiro. Maranhão ficou com 1,3% e Paraíba, com 0,9%, avançaram.

A Bahia perdeu 0,2 ponto percentual entre 2010 e 2011, passando de 4,1% para 3,9%. A participação da indústria de transformação baiana recuou (de 4,1% em 2010 para 2,8% em 2011). A agropecuária passou de 5,7% em 2010 para 5,4% em 2011, em função da queda na produção de milho e da participação da criação de aves.

A região Centro-Oeste avançou e voltou ao nível de 2009 (9,6%). Goiás e Mato Grosso foram os estados que mais contribuíram para o aumento de participação. Goiás passou de 2,6% para 2,7% do PIB nacional em 2011. A fatia do Mato Grosso cresceu, chegando a 1,7% do PIB em 2011. Distrito Federal (4,0%) e Mato Grosso do Sul (1,2%) mantiveram a participação de 2010.

PIB per capita
Em 2011, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná apresentaram PIB per capita acima da média brasileira, que era de R$ 21.535,65. O Distrito Federal, com o maior PIB per capita brasileiro, R$ 63.020,02, representou quase três vezes a média brasileira e quase o dobro da registrada em São Paulo (R$ 32.449,06), o segundo maior do país.

Entre os estados com PIB per capita menor, estão Maranhão (R$ 7.852,71) e Piauí (R$ 7.835,75), que foram cerca de 36% do brasileiro.
 

 

 

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