16/09/2013 17h05 - Atualizado em 16/09/2013 17h05

Dólar fecha perto da estabilidade após queda estimular compras

Moeda fechou em alta de 0,03%, a R$ 2,2826, após cair durante o dia.
Mercado repercutiu decisão de Summers de não ser indicado ao Fed.

Da Reuters

O dólar fechou perto da estabilidade nesta segunda-feira (16), reduzindo a queda vista durante o pregão com importadores aproveitando as cotações mais baixas para comprar dólares.

O mercado também repercutiu o futuro do Federal Reserve, após a decisão de Larry Summers de ficar fora da indicação para a presidência do BC dos EUA.

A moeda americana fechou em alta de 0,03%, a R$ 2,2826. Veja cotação

Na mínima do dia, perto da abertura dos negócios, a divisa chegou a R$ 2,2485. No mês, a moeda acumula desvalorização de 4,3% e no ano tem alta de 11,63%.

"O mercado abriu mais eufórico com a notícia de que (Larry) Summers não concorreria mais à presidência do Fed, acabou precificando demais e foi reduzindo ao longo do dia", explicou o operador de um banco nacional. "Nossa moeda acabou acentuando mais, porque apareceu um pouco mais de fluxo de importação agora à tarde".

No domingo, o ex-secretário do Tesouro dos EUA Larry Summers pediu para retirar seu nome das considerações para suceder Ben Bernanke como chairman do Fed. A saída foi vista pelo mercado financeiro como um sinal de que o aperto da política monetária norte-americana terá uma abordagem mais gradual.

O ex-assessor econômico do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e ex-secretário do Tesouro no governo de Bill Clinton era visto com um candidato menos favorável à política de estímulos do Fed do que a outra principal concorrente ao cargo, Janet Yellen, que é vista como uma autoridade com perfil menos austero.

O Fed se reúne nesta terça e quarta-feiras para discutir o futuro da política monetária norte-americana. A expectativa é que se anuncie a redução do programa de estímulos que injeta mensalmente US$ 85 bilhões na economia.

Contribuiu para o desempenho do dólar no Brasil e no exterior o acordo entre Estados Unidos e Rússia sobre a proposta para eliminar o arsenal de armas químicas da Síria, evitando a possibilidade de qualquer ação militar norte-americana imediata contra o governo do presidente Bashar al-Assad. "A redução dos estímulos do Fed e a guerra (na Síria) são as duas preocupações do mercado no momento", afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Leilões
O Banco Central vendeu, nesta segunda, a oferta total de contratos com vencimento em 3 de fevereiro de 2014 em leilão de swap cambial --equivalente a venda de dólares no mercado futuro-- como parte de seu cronograma de intervenções diárias. O volume financeiro da operação foi de US$ 496,9 milhões.

Em outro leilão, a autoridade monetária vendeu toda a oferta de até 40 mil contratos de swap cambial tradicional, para a primeira etapa da rolagem de contratos que vencem em 1º de outubro. No leilão de rolagem, a venda foi distribuída entre os vencimentos de 1º de abril de 2014, 1º de julho de 2014 e 1º de outubro de 2014. O volume financeiro equivalente da operação foi de US$ 1,964 bilhão.

O BC voltará a fazer essa atuação dupla na terça-feira, realizando um leilão de swap tradicional já previsto por seu cronograma de atuações diárias e mais um leilão com a finalidade de rolar contratos.

"O mercado estava apostando no colapso da moeda e com o cronograma de intervenção do BC, ele está tranquilo porque sabe que até o final do ano terá liquidez garantida", concluiu Galhardo, da Treviso Corretora.

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