O presidente da Infraero, o ministro Moreira Francoe o diretor-presidente da Anac durante o leilão
nesta sexta (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
O leilão dos aeroportos do Galeão e de Confins, ocorrido nesta sexta-feira (22), demonstrou que o governo de Dilma Rousseff consegue atrair investidores para o país, segundo reportagem publicada na "Bloomberg".
"O real subiu quando o leilão mostrou que Rousseff consegue atrair investidores para seu plano de R$ 212 bilhões para melhorar estradas, ferrovias, portos e a infraestrutura [do país], mesmo que o crescimento da maior economia da América Latina tenha diminuído", diz a "Bloomberg".
O aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, foi arrematado por R$ 19 bilhões (ágio de 293,91%) pelo consórcio Aeroportos do Futuro. Já o de Confins, em Minas Gerais, foi arrematado por R$ 1,82 bilhão (ágio de 66%), pelo consórcio AeroBrasil. A rodada de concessões de aeroportos brasileiros garantiu ao governo uma arrecadação de R$ 20.838.888.000 - o que representa um ágio de 251,74% em relação ao mínimo fixado pelo governo, de R$ 5,9 bilhões.
A "Bloomberg" ainda destacou que o governo federal está sob pressão para concluir projetos no país por causa da aproximação da Copa do Mundo, em junho de 2014, que será sediada no Brasil.
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"O plano de infraestrutura de Rousseff sofreu uma série de atrasos e revisões. O governo ainda não leiloou nenhuma concessão ferroviária ou portuária, que inicialmente estava programada para este ano. (...) Ainda neste ano, o governo teve que aumentar a taxa de retorno para projetos de estradas após uma oferta inicial não gerar interesse. Ainda assim, uma das duas estradas leiloadas em setembro não atraiu nenhuma oferta", diz a reportagem.
Dilma em alta
Outra reportagem publicada pelo "The Wall Street Journal" aponta que o valor elevado ofertado pelo consórcio vencedor do leilão do Galeão representou "uma alta" para o governo Dilma Rousseff, que "muitas vezes é criticado por sua abordagem econômica intervencionista que alguns dizem que impediu o interesse do setor privado nas concessões de infraestrutura".
"Com a rede de transporte do país há décadas vista como um grande gargalo para um crescimento econômico mais rápido, o governo tem procurado trazer o setor privado para acelerar os investimentos em portos, aeroportos, rodovias e outras áreas", diz o jornal.
O "The New York Times" também destacou o fato de o país estar fazendo melhorias na infraestrutura por causa da proximidade da Copa do Mundo e comparou o desempenho do leilão dos aeroportos com o leilão de Libra.
"O valor (ofertado) foi maior do que os R$ 15 bilhões de reais que o governo conseguiu arrecadar quando leiloou os direitos de exploração do petróleo do gigante campo de Libra em outubro".
