O Programa de Sustentação de Investimentos (PSI), viabilizado por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que contempla crédito mais barato para as empresas realizarem investimentos, continuará em 2014, declarou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta terça-feira (26) após reunião com empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Robson Braga, presidente da CNI, disse que o BNDES é importante para o crescimento da indústria brasileira. Segundo ele, os recursos que o Tesouro Nacional tem transferido (emprestado) para o BNDES têm contribuído para o aumento dos investimentos no país. "Pedimos que o BNDES tenha um volume expressivo de recursos com custo compatível para investimentos. Para uma indústria melhor, o BNDES é extremamente importante e tem atuado de maneira responsável", avaliou.
Mantega repetiu ainda que os desembolsos do BNDES ao setor produtivo deverão recuar para R$ 150 bilhões no ano que vem, contra a expectativa de R$ 190 bilhões em 2013. "Isso não significa que a indústria ficará sem o suporte financeiro. O PSI vai continuar em 2014. Portanto, os empresários podem ficar tranquilos. Apenas o BNDES vai reduzir algumas linhas que não são prioritárias. Por exemplo, financiamentos a estados e municípios não vão ocorrer no próximo ano. Não haverá prejuízo para a indústria, que é prioritária para o governo", declarou ele.
Juros do PSI
Atualmente, os juros do PSI são de 3,5% no caso de bens de capital, rural, peças e componentes e para 4% ao ano para ônibus e caminhões, além do Prócaminhoneiro. Para energia elétrica e para o Programa Emergencial de Reconstrução, a taxa de juro é de 5,5% ao ano. Questionado se os juros permanecerão no atual patamar em 2014, Mantega se limitou a afirmar: "talvez".
Mais R$ 24 bilhões para o BNDES
Segundo o ministro, o governo concluirá, nos próximos dias, um novo empréstimo de R$ 24 bilhões para o banco público. Nos últimos anos, o governo já emprestou mais de R$ 300 bilhões ao BNDES, o que inflou a dívida pública em igual proporção. Interpelado se novos valores serão emprestados sem 2014, o ministro da Fazenda avaliou que essa discussão ainda é muito "prematura" e que deverá acontecer somente no segundo semestre do ano que vem.
Investimentos
Na avaliação do ministro Mantega, o investimento será "dinamizado" pelas concessões. "É muito importante a viabilização destas concessões. Tivemos aeroportos, o campo de Libra e amanhã será a BR-163. Temos demanda importante. O Brasil tem projetos atraentes para apresentar para os investidores. Eles estão vindo e continurão vindo para viabilizar este projeto de concessões (...) O investimento será o principal polo de atração do investidor e do crescimento nos próximos anos", concluiu ele.
