Na propriedade da família Natali, a colheita do pêssego iniciou há poucos dias. As cestas, que ficam cheias rapidamente, indicam que o trabalho dos últimos meses vai ser recompensado.
"A expectativa é boa, o preço teve um reajuste e a indústria está comprando bem”, diz Volnei Natali, produtor.
As cinco mil plantas devem render 200 toneladas de pêssego com qualidade, realidade que se repete em outras propriedades gaúchas da metade sul.
A diferença da última safra para esta é o tamanho do pêssego. A fruta está bem mais graúda, o que representa um bom negócio para os produtores.
Quase todo o pêssego que é produzido na região de Pelotas, no Rio Grande do Sul, vai para a indústria de conserva. Quanto maior o diâmetro da fruta, mais o mercado paga. A quantidade de pêssegos do tipo 1, acima de 5,7 centímetros, já é 30% superior a produção do ano passado.
Em uma fábrica que produz pêssego em calda para vários estados do país o movimento não para. Foi preciso contratar 300 funcionários para o período da safra e o produto com mais qualidade deve ganhar o mercado internacional.
O Rio Grande do Sul deve colher 160 mil toneladas de pêssego ou 55% da produção nacional. A maior parte da safra vai para a indústria.