Criadores de leitão de São Paulo comemoram o bom desempenho do mercado. Os animais estão todos vendidos e a preços compensadores.
David de Carvalho está animado com a chegada do último mês do ano. Ele cria, em média, 50 leitões na propriedade em Maracaí, no centro-oeste paulista, e é nesse período de festas que consegue aumentar a renda da pequena chácara em mais de 30%.
Presença certa nas mesas de Natal e réveillon, os leitões já estão se tornando raridade em algumas propriedades. David tem poucos animais e os que restaram, já estão negociados. As vendas dos leitões devem render mais de R$ 3 mil ao produtor.
Em outro sítio, do criador Lucas Menk, são mais de 70 leitões e toda a produção também já está negociada com açougues e supermercados da região.
Os animais são abatidos com 40 dias de vida, quando atingem os 10 quilos.
Com as vendas do fim do ano, Menk espera se recuperar das dificuldades da criação durante o ano de 2013. "A expectativa é boa, principalmente pelo fator de ter saído [do mercado] muitos companheiros que produziam com a gente. Por causa disso, houve uma elevação de preço. Vamos esperar para ver se a gente consegue dar uma recuperada no prejuízo."
Para aumentar ainda mais as vendas, alguns produtores investem na qualidade da carne. Em outro sítio de Maracaí, por exemplo, a aposta foi na produção do porco light.
A carne desses animais tem até 30% menos gordura do que o comum e os frigoríficos chegam a pagar um preço até 5% maior. O segredo está na genética e na alimentação.
O engenheiro agrônomo Luís Augusto de Souza explica que, para cada idade dos animais, existe uma dosagem de milho e farelo de soja na mistura da ração, tudo para atender consumidores que querem aproveitar a ceia sem comprometer a saúde.
Os criadores estão recebendo R$ 5 pelo quilo do leitão vivo. No início do ano, o valor era de R$ 3,50.
