Economia

Esquema de guerra garante segurança do hotel onde acontecerá leilão do pré-sal

Ao longo da manhã, um surfista circulou mascarado em frente ao hotel, como forma de protesto ao ostensivo esquema de segurança

RIO - É volumoso o esquema de segurança montado nos arredores do Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, na manhã deste domingo, para o primeiro leilão do pré-sal, marcado para segunda-feira. Uma esquema com contornos de operação de guerra está sendo armado: caminhões do Exército estão enfileirados junto aos carros dos banhistas na Praça Soldado Geraldo da Cruz, nos fundos do hotel, entre eles, dois caminhões de jato.

Ao longo da manhã, um surfista circulou mascarado em frente ao hotel, como forma de protesto ao ostensivo esquema de segurança.

Uma das casas da praça, colada ao hotel, serve de base para o o contingente, com cerca de dez caminhões estacionados, uma ambulância e dezenas de banheiros químicos. Homens da tropa de Choque do Exército fazem uma parede de proteção em frente ao Hotel na Avenida Lúcio Costa, armados com pistolas, escudos e balas de borracha. Os fardados também circulam pelo lobby e alguns andares do hotel, chamando a atenção dos hóspedes, como o produtor rural goiano Tasso Jayme.

— Sabia que haveria o leilão, mas não no hotel em que eu ficaria hospedado. Acho isto uma ostentação desnecessária.

Na orla um helicóptero do Exército sobrevoa a região, voando baixo e com as portas abertas. Apesar do visível reforço do policiamento, o clima entre os moradores da Barra é de tranquilidade:

— Esse leilão vai ser benéfico, mas acho necessário sim o reforço. Sou contra as manifestações violentas — disse a moradora Célia Antonelli, enquanto passeava com a neta em um carrinho de bebê.