02/12/2013 07h44 - Atualizado em 02/12/2013 07h57

Termina o vazio sanitário e algodão já pode ser semeado em MT

Vazio sanitário do algodão durou 60 dias em Mato Grosso.
Fiscais do Instituto de Defesa Agropecuária fizeram um balanço.

Do Globo Rural

Em uma fazenda, em Sorriso, no norte de Mato Grosso, foram cultivados 280 hectares de algodão na safra passada.

No início de outubro, logo no início do vazio sanitário, o fiscal do Instituto de Defesa Agropecuária, Indea, esteve lá e não encontrou problemas, mas agora, na visita de retorno, encontrou plantas vivas de algodão no meio da lavoura de feijão.

O gerente explica as dificuldades para manter a área livre de invasoras. "Jogamos a química, mas sempre sobra muita soqueira por causa da época que é de seca, não tem umidade, então a absorção do veneno é pouca”, diz Clóvis Schaffer.

As chamadas soqueiras são os restos de plantas que ficam nas lavouras depois da colheita e que devem ser eliminadas antes do início do vazio. Se a limpeza não é bem feita, elas acabam brotando com a volta das chuvas.

“Sendo encontrada planta viva de algodão, a gente notifica o produtor para que seja feita a destruição em um prazo de até 15 dias. Depois disso, se o produtor destruiu, nós fazemos novo termo. Caso não tenha sido feita a destruição do algodão, aí o produtor é autuado e outras medidas são tomadas quando necessário”, explica Rodrigo Vicenzi, fiscal do Indea.

O vazio sanitário tem o objetivo de combater o bicudo do algodoeiro. Sem plantas para hospedar a praga na entressafra, a população fica mais controlada. O bicudo do algodoeiro é uma espécie de besouro de cor cinza ou castanha com grande capacidade de infestação. O ataque provoca queda dos botões florais e impede a abertura das maçãs, o que reduz de forma considerável a produção.

Durante o vazio sanitário, o Indea fez quase 600 fiscalizações em Mato Grosso, que resultaram em mais de 270 notificações e 22 autuações.

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