As ações europeias ficaram abaixo das máximas em cinco anos nesta segunda-feira (23), já que dados sólidos da zona do euro e a vitória pessoal de Angela Merkel em eleição alemã foram ofuscados por preocupações quanto às políticas fiscal e monetária dos Estados Unidos.
O otimismo do mercado com a decisão do Federal Reserve na semana passada de adiar a redução do estímulo monetário foi mitigado depois que o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, disse na sexta-feira que o banco central norte-americano pode começar a reduzir suas compras de títulos a partir de outubro se os dados permitirem.
Os investidores também estão focando mais de perto os problemas fiscais da maior economia do mundo. O fracasso em fazer um acordo orçamentário até o fim de setembro provoca o risco de uma paralisação do governo federal, e um default é possível se os parlamentares não votarem para elevar o teto da dívida até meados de outubro.
As perdas do mercado foram limitadas pela expectativa amplamente disseminada de que algum tipo de solução será encontrada. O índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 encerrou em queda de 0,5%, a 1.256 pontos, ficando abaixo da máxima em cinco anos da semana passada de 1.274 pontos.
Fortes pesquisas Índice de Gerentes de Compras (PMI) da zona do euro também ajudaram a limitar a fraqueza nas ações. Indicações de que a economia está se recuperando estão atraindo os investidores para a Europa.
Na Alemanha, os conservadores da chanceler Angela Merkel alcançaram seu melhor resultado eleitoral em duas décadas, mas sem conseguir a maioria absoluta necessária.
Em Londres, o índice Financial Times caiu 0,59%, a 6.557 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,47%, para 8.635 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 teve queda de 0,75%, a 4.172 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib perdeu 0,32%, para 17.913 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 fechou em baixa de 0,68%, a 9.109 pontos.
Em Lisboa, o índice PSI20 caiu 0,79%, para 5.997 pontos.