11/12/2013 11h03 - Atualizado em 11/12/2013 11h37

Inadimplência tem queda de 3,22% em novembro, diz comércio varejista

Informação foi divulgada nesta quarta pela CNDL e pelo SPC Brasil.
No mês passado, inadimplência teve maior queda da série histórica.

Do G1, em Brasília

O volume de consumidores inadimplentes no país caiu 3,22% no mês de novembro, em relação ao mesmo mês do ano passado, informaram nesta quarta-feira (11) a Confederação Nacional de Dirigentes e Lojistas (CNDL) em conjunto com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Trata-se, segundo as entidades, do maior recuo já registrado na série histórica, que tem início em janeiro de 2012. Segundo o SPC Brasil, a queda "expressiva" da inadimplência em novembro pode ser explicada pela base de comparação elevada no mesmo período de 2012, quando o volume de consumidores inadimplentes crescia à taxa de 12,81% em relação a 2011.

Os economistas do SPC explicam que a inadimplência em 2013 veio em forte ascensão até março deste ano, mas a tendência se inverteu a partir de abril, quando o Banco Central passou a aumentar sucessivamente a taxa básica de juros, a Selic, o que encareceu a tomada de crédito no país.

"Com os juros mais altos, os bancos se tornaram mais criteriosos para conceder empréstimos. Este cenário resultou na desaceleração acentuada da inadimplência no segundo semestre do ano, chegando a este vale de -3,22% em novembro", avaliou Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL.

No acumulado do ano - de janeiro a novembro de 2013, frente ao mesmo período em 2012 - a inadimplência registra crescimento de 2,94%. A projeção dos especialistas do SPC Brasil é de que os calotes no comércio desacelerem por causa da proximidade das festas de fim de ano e encerre 2013 com uma alta em torno de 2%.

Vendas a prazo
Mesmo com o crédito mais caro, as consultas ao banco de dados do SPC, que refletem o nível de atividade no varejo para as compras parceladas, apresentaram crescimento e fecharam o mês de novembro com alta de 2,6%, em relação ao mesmo mês do ano passado.

Na avaliação do SPC Brasil, o crescimento é classificado como moderado, visto que em novembro de 2012, há um ano, as vendas a prazo no banco de consultas do SPC cresciam à taxa de 8,26% em relação a 2011.

"Este cenário de desaceleração das vendas a prazo em 2013 reflete principalmente os efeitos do encarecimento dos juros e os da inflação de alimentos. É tanto que, de acordo com dados do Banco Central, a taxa média de juros praticada em operações de crédito para Pessoa Física subiu pela quinta vez seguida em outubro, para 2,74% ao mês, sendo que em outubro de 2012 essa taxa era de 2,53% ao mês", informaram as entidades.

No acumulado do ano — de janeiro a novembro de 2013, frente ao mesmo período em 2012 — as vendas registram crescimento de 4,23%, resultado bem próximo da projeção do SPC Brasil e da CNDL, que esperam que o varejo cresça 4,5% em 2013. No entanto, para as duas entidades, o balanço final das vendas deste ano tende a ser bem menor do que o verificado no ano passado, quando o crescimento acumulado registrado pelo SPC Brasil foi de 6,75%.

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