Operações pontuais de compra de dólares levavam a divisa norte-americana a ampliar a alta nesta terça-feira (3) para mais de 1%, caminhando para o patamar de R$ 2,40. Isso ocorre após a retração do Produto Interno Bruto (PIB) no trimestre passado levantar dúvidas sobre as condições de recuperação da economia brasileira, de acordo com a agência Reuters.
O dólar comercial fechou em alta de 1,02%, para R$ 2,3791 na venda, no maior patamar desde 30 de agosto deste ano, quando fechou a R$ 2,3851. Veja cotação
"Está se falando de uma grande compra de dólares. Além disso, neste momento do ano, começam a aparecer as remessas de dividendos, o que também puxa o dólar para cima", afirmou o operador de um banco internacional, referindo-se aos fluxos de saída de divisas típicos de fim de ano, à Reuters.
A alta já era vista desde o início do dia, após a divulgação de que a economia brasileira encolheu 0,5% no trimestre passado, na comparação com os três meses anteriores. Esse foi o primeiro resultado negativo em mais de quatro anos afetado sobretudo pela queda dos investimentos.
"Os dados do PIB mostram que a economia está crescendo em um ritmo mais moderado, com inflação alta, o que deixa nosso cenário pouco atraente para o investidor estrangeiro", disse o estrategista-chefe do banco Mizuho, Luciano Rostagno.
O fortalecimento da moeda dos EUA vinha mesmo com a constante atuação do Banco Central, que realizou nesta manhã mais uma etapa do seu programa de intervenções diárias, com a venda de 7 mil contratos com vencimento em 5 de março e 3 mil contratos de swap cambial tradicional com vencimento em 2 de junho de 2014. O volume financeiro do leilão foi de US$ 497,9 milhões.
