03/12/2013 17h25 - Atualizado em 03/12/2013 18h03

Bovespa fecha no menor nível em três meses e Petrobras tem alta

Ibovespa perdeu 1,75%, para 50.348 pontos, menor nível desde agosto.
Após liderar as perdas na 2ª e cair no início do dia, Petrobras teve alta.

Do G1, em São Paulo

O principal índice da bolsa paulista fechou em queda nesta terça-feira (3) e ficou abaixo de 51 mil pontos, no menor nível desde agosto deste ano, apesar da alta das ações da Petrobras, após a forte desvalorização ocorrida na segunda.

O Ibovespa perdeu 1,75%, para 50.348 pontos, o menor valor desde 27 de agosto, quando terminou 50.091 pontos. Veja cotação

O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,5 bilhões.

Na semana, a bolsa tem queda de 4,07% e de 17,45 no ano.

As ações da Petrobras tiveram alta de 0,86% as preferenciais, sem direito a voto, e 0,91% as ordinárias, com direito a voto.

A valorização ocorreu após a petroleira liderar as quedas do Ibovespa na segunda-feira diante da frustração do mercado com a falta de clareza sobre a nova metodologia da empresa de reajuste de preços de combustíveis.

"Um pouco do efeito Petrobras de ontem veio para hoje do ponto de vista da confiança do governo. Depois desse evento, o ambiente de negócios ficou prejudicado. E hoje o PIB ainda veio abaixo do esperado, o que impacta a bolsa como um todo", afirmou à Reuters o gestor da Humaitá Investimentos Rafael Barros.

Segundo participantes do mercado, os papéis da Petrobras passaram a subir com força depois da abertura das bolsas norte-americanas, possivelmente em meio a compras de investidores estrangeiros.

Dos 72 ativos que compõem o Ibovespa, apenas quatro fecharam no positivo nesta terça-feira, entre eles as preferenciais e ordinárias da Petrobras.

PIB
O Ibovespa também foi impactado pelo pessimismo trazido pelo resultado da atividade econômica brasileira no terceiro trimestre, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O PIB do Brasil recuou 0,5% entre julho e setembro quando comparado com o segundo trimestre, o pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2009, afetado sobretudo pela queda dos investimentos e sinalizando que a recuperação da atividade será mais difícil daqui para frente.

O dado ficou abaixo das expectativas do mercado e desmotivava compras entre investidores. "O resultado ajuda a bolsa a piorar um pouco no dia, mas o fato é que o mercado já incorporou esse cenário interno ruim", afirmou à Reuters o analista de renda variável João Pedro Brugger, da Leme Investimentos.

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