Edição do dia 09/01/2014

09/01/2014 16h19 - Atualizado em 09/01/2014 16h25

Filme sobre o estilista Yves Saint Laurent emociona, diz Paulo Mariotti

Longa teve o aval de Pierre Bergé, ex-companheiro do gênio da moda.
Obra de Jalil Lespert não foi unanimidade entre críticos franceses.

Um dos maiores gênios do mundo da moda tem sua história contada em filme. Além da carreira na Maison Dior, ‘Yves Saint Laurent’ aborda a história de amor do estilista com o empresário Pierre Bergé, indo de 1956 – quando ele assumiu o posto de diretor criativo da marca – a 1976, ano em que apresentou a coleção ‘Ballets Russes’, um marco.

Realizado com o aval de Bergé, o longa-metragem de Jalil Lespert não foi unanimidade entre os críticos franceses. O jornal ‘Le Monde’ o classificou como “decepcionante” e apontou que o filme não faz jus à importância que o trabalho de Yves Saint Laurent teve para a indústria da moda, além de ter tratado sua história de maneira superficial. A crítica da revista ‘Nouvel Observateur’ foi ainda mais dura, definindo a direção de Lespert como mal acabada e comparando a obra a uma produção de televisão barata. A revista ‘Télérama’ ressaltou que se trata do primeiro filme francês destinado ao grande público que conta a história de amor de um casal gay.

Ator Pierre Ninney é destaque

Para o correspondente da Vogue Brasil em Paris, Paulo Mariotti, o grande destaque é o ator Pierre Ninney. “Ele realmente dá um show. O trabalho de dicção e expressão corporal é tão impressionante que Bergé declarou que, em alguns momentos, parecia que estava vendo o próprio Yves”, destaca. Para interpretar o estilista, Ninney fez um trabalho de preparação que incluiu aulas de design de moda, costura e desenho.

Mesmo com a repercussão negativa na imprensa, Mariotti acredita que o filme funciona. “Fui ser ler as críticas e até com um certo pé atrás, mas confesso que me emocionou. A última cena é lindíssima”, afirma o correspondente.