21/03/2014 19h48 - Atualizado em 21/03/2014 23h03

Sete favelas com UPP sofreram ataques em 2014; 4 PMs morreram

Deste total, seis comunidades fazem parte de complexos de favelas.
Somente nos Conjuntos da Penha e Alemão, quatro PMs morreram.

Marcelo ElizardoDo G1 Rio

 

Sete comunidades com UPP sofreram ataques em 2014 (Foto: Editoria de Arte/ G1)

Após a queima de contêineres da UPP na favela do Mandela, no Conjunto de Favelas de Manguinhos, no Subúrbio, o Rio já soma sete comunidades pacificadas com registro de ataques ou tiroteios, desde o início de 2014. Destas comunidades, seis ficam em Conjuntos de Favelas.

Criminosos incendiaram os contêineres na favela do Mandela na noite desta quinta-feira (20). Dois policiais ficaram feridos, entre eles o comandante da UPP local, capitão Gabriel Toledo. Na comunidade Camarista Méier, no Conjunto de Favelas do Lins, homens armados atiraram contra a base da UPP. No fim de fevereiro, criminosos incendiaram um contêiner da favela do Gambá, no mesmo complexo.

Também em fevereiro, a soldado Alda Rafaela Castilho, da UPP Parque Proletário, no Conjunto de Favelas da Penha, Subúrbio do Rio, foi morta após ser baleada na barriga por criminosos, durante uma patrulha na Estrada José Rucas. No mesmo mês, o policial Wagner Vieira da Cruz, de 33 anos, foi baleado na cabeça, na Vila Cruzeiro, também no Conjunto de Favelas da Penha, e morreu. Já em março, o subcomandante da UPP local, Leidson Acácio Alves Silva, de 27 anos, foi morto durante um confronto entre policiais e criminosos.

O Conjunto de Favelas do Alemão teve registro de tiroteio na localidade chuveirinho, na favela Nova Brasília, na quinta-feira (20), mesma noite em que as UPPs do Mandela e Camarista Méier sofreram ataques. No dia 6 de março, na mesma comunidade, o PM Rodrigo Paes Leme, de 33 anos, foi baleado no peito durante uma patrulha.

Policiais da UPP Rocinha foram atacados a tiros na sexta-feira (14), um dia após a morte do subcomandante Leidson Alves. A comunidade é a única que sofreu ataques em 2014 que não pertence a um conjunto de favelas.

Reforço de tropas federais
Após os ataques de quinta-feira (20), o governo anunciou que vai enviar tropas federais para ajudar na segurança pública no Rio de Janeiro. O anúncio foi feito pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) e pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, após reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

O governador foi a Brasília na companhia do secretário de segurança do estado, José Mariano Beltrame, para pedir auxílio ao governo federal. O ministro e o governador não informaram quais serão as tropas federais que vão para o estado nem a quantidade de homens que serão enviados. De acordo com Cardozo, as informações são mantidas em sigilo por motivo de segurança.

"Que forças vão, onde vão atuar, como vão intervir, não vou responder. Questões de segurança pública são tratadas sigilosamente", afirmou o ministro.

 

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