BRASÍLIA - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou nesta quarta-feira que a empresa não precisa de ajuda do Tesouro Nacional e nem de um reajuste da gasolina para pagar os R$ 6 bilhões referentes à sua parte do bônus de assinatura do campo de Libra, no pré-sal. Depois de quase três horas reunida com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, Graça disse que o assunto do encontro foram unicamente os investimentos necessários para a exploração de Libra. Segundo ela, um novo reajuste dos combustíveis não foi discutido.
- O único assunto que discutimos foi nada mais nada menos que Libra. Nós temos alguns planos de desenvolvimento, uma série de atividades que nós queremos antecipar para produzir esse óleo da forma mais otimizada possível, no menor espaço de tempo e ao menor custo - disse ela, acrescentando:
- Nós não tratamos do aumento de combustível.
Diante da insistência dos repórteres sobre o fôlego da Petrobras para o pagamento do bônus de assinatura, Graça afirmou:
- O caixa da Petrobras está muito bem. A Petrobras tem caixa para pagar os R$ 6 bilhões sem reajuste e sem (ajuda do) Tesouro.
A presidente explicou que não poderia dar detalhes sobre os números da empresa porque seu resultado referente ao terceiro trimestre será anunciado na sexta-feira:
- Eu não deveria nem estar falando com a imprensa.
Graça afirmou ainda que Libra deve permitir que a Petrobras precise de menos ajuda financeira nos próximos anos:
- Só posso falar para vocês que os primeiros dois ou três anos os investimentos de Libra não são expressivos e que a nossa produção começa a aumentar no quarto ano. E quem produz mais petróleo, produz mais geração operacional e precisa buscar menos recursos no mercado.