20/09/2013 07h00 - Atualizado em 20/09/2013 07h00

Sindicato cria cadastro exclusivo de deficientes para fábricas de Franca

Banco de dados poderá ser acessado por 320 indústrias de calçados.
Plataforma ajuda fábricas a cumprir cotas para deficientes, diz Sindifranca.

Rodolfo TiengoDo G1 Ribeirão e Franca

Franca Fábrica calçados (Foto: Mariana Oliveira/G1)Sistema promete aumentar inserção de deficientes
em fábricas de calçados (Foto: Mariana Oliveira/G1)

Um sistema lançado esta semana em Franca (SP) promete facilitar a contratação de portadores de diferentes tipos de deficiência nas fábricas de calçado da cidade. O projeto PcD, banco de currículos criado pelo Sindicato das Indústrias de Calçado de Franca (Sindifranca), permitirá que até 320 empresas do município tenham acesso a candidatos cadastrados por entidades assistenciais.

Além de contribuir para a inserção profissional dos deficientes, o sistema, gratuito, auxiliará as indústrias a se adequarem à lei federal que estabelece percentuais mínimos de contratação dos profissionais com algum tipo de deficiência, segundo o presidente do sindicato, José Carlos Brigagão. “A iniciativa foi em decorrência da necessidade da indústria estar cumprindo com a determinação legal na localização do deficiente físico para cumprir as cotas de empregabilidade e para que ele consiga mais facilmente um emprego”, disse.

Pela plataforma, as entidades inserem os currículos dos candidatos, que ficam disponíveis em versões resumidas pela internet para as empresas calçadistas cadastradas. “A entidade representativa passa então a acompanhar o deficiente na empresa, dando assistência para a fábrica”, afirmou Brigagão.

Inicialmente, estão cadastrados no sistema cerca de 200 profissionais de cinco entidades assistenciais do município: Associação dos Pais e Amigos Deficientes Auditivos (Apada); Associação dos Deficientes Físicos de Franca e Região (Adefi); Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae); Sociedade Francana Instrução e Trabalho para Cegos; e Associação das Famílias das Pessoas Portadoras de Paralisia Cerebral. Outras instituições, no entanto, poderão obter acesso ao sistema, desde que aprovadas pelo Conselho Municipal da Pessoa Com Deficiência.

Com 2,2 mil pessoas com problemas auditivos assistidas em Franca, a presidente da Apada, Isabel Alves Souza, confirma que o sistema ajuda a amenizar as dificuldades de inserção dos deficientes auditivos no mercado de trabalho. Segundo Isabel, a maior parte dos candidatos cadastrados pela entidade tem interesse em trabalhar no chão de fábrica, mas há também pessoas que esperam colocação em tarefas administrativas. “Estamos muito felizes. Há muitos anos tentamos inserir os deficientes no mercado de trabalho, mas sempre fizemos isso de maneira muito simples. Esse banco de dados vem contribuir para o nosso trabalho”, disse.

tópicos:
veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de