Jéfferson Freitas embarcou com a equipe de atletismo neste domingo(Foto: Bruno Ribeiro)As malas já estão prontas. Neste domingo, parte da delegação que representará Juiz de Fora nos Jogos Escolares de Minas Gerais (Jemg), que será realizado em Uberaba, entre os dias 4 e 8 de agosto embarca para o Triângulo Mineiro. Além de roupas e acessórios pessoais, os mais de 70 atletas do município levam na bagagem a responsabilidade de tentarem trazer medalhas.
Quem embarca primeiro é a equipe de atletismo. Representada em sua maioria por alunos que participam do projeto promovido pela UFJF, o grupo de 28 atletas viaja neste domingo, para minimizar o impacto das cerca de 12 horas de ônibus até Uberaba, já que as competições começam na terça-feira. Na visão do técnico Jéfferson Freitas, a equipe tem condições de trazer bons resultados para Juiz de Fora.
– Os Jogos Escolares ajudam muito a massificar o esporte, sobretudo o atletismo. É uma competição muito grande e fizemos uma preparação muito boa. Estamos mirando os Jogos Escolares da Juventude, com o módulo I disputado em Fortaleza e o II em Londrina. Nosso objetivo é que nossos atletas consigam vaga nesta competição por meio do Jemg. Vamos viajar, fazer um controle bom, com algumas paradas para que os atletas não se desgastem muito. Hidratação, alimentação reguladas, para que eles não sintam cansaço pela distância em ter Juiz de Fora e Uberaba – destacou o treinador, que espera classificar de seis a oito atletas para a etapa nacional dos Jogos Escolares.
Quando o atletismo chegar a Uberaba, as equipes que vão disputar os esportes coletivos por Juiz de Fora estarão na estrada. Campeãs da fase regional disputada em Além Paraíba, as meninas do voleibol, representado pelo Colégio Apogeu, querem repetir a boa campanha da etapa regional no Triângulo Mineiro, sob a batuta do experiente André Muzzi. Na visão da central Thamara Seixas, a equipe, que estreia na quarta-feira, ainda sem adversário definido, é bastante jovem e não é a maior em estatura. No entanto, a atleta de 16 anos e 1,73m acredita que a equipe tem outros trunfos para ir bem em Uberaba.
Meninas do Apogeu representam Juiz de Fora no vôlei feminino. Equipe conquistou etapa regional em ?Além Paraíba (Foto: Divulgação/Apogeu)
– Somos um time de meninas consideradas baixas. Por isso, acho que estamos apostando muito no nosso saque e passe para compensar isso. O time vem de uma conquista da etapa regional. É um time jovem, mas que tem vencido jogos, o que nos dá confiança para buscar um bom resultado nos Jemg – destacou a central da equipe, que encara o perdedor de Colégio Pentágono São Francisco e Colégio Magnum, de Belo Horizonte.
Quem também embarca na segunda-feira é a rapaziada do Granbery, que vai para a disputa do handebol masculino. Depois de ter parado na metade do caminho em 2013, também em Uberaba, o time do técnico Guto Gribel viaja para o Triângulo Mineiro com o objetivo de chegar às finais. Na visão do armador Kassiel, de 17 anos, o grupo em que Juiz de Fora caiu é complicado, mas acessível de acordo com a qualidade da equipe da Zona da Mata.
– Ficamos em um grupo com Uberaba, dona da casa, e Abaeté, atual campeã, mas que está um pouco mudada em relação ao ano passado. Pelo nível dos adversários, é um grupo muito técnico, a fase inicial vai ser de muito estudo dos adversários. No entanto, nossa preparação foi boa e a expectativa também é – comentou.
Handebol de Juiz de Fora será representado pelo Granbery (Foto: Kassiel Carvalho Nunes/Arquivo Pessoal )
As Atividades individuais também merecem destaque. No tênis de mesa, Luiz Henrique Fonseca Silva será representante de Juiz de Fora pelo Colégio Apogeu. Se vai conseguir bons resultados, só o campeonato e os jogos irão dizer. No entanto, se for pelo professor de Luiz, os adversários podem se preparar.
O garoto de 14 anos é treinado por Alexandre Ank, atleta paraolímpico que participa do ParaPan Americano no Canadá, experiente e com vários títulos nacionais e internacionais no esporte. Porém, antes de conhecer Ank e iniciar a prática do tênis de mesa, a paixão de Luiz era outra, mas uma lesão mudou os rumos do interesse do menino.
– Desde criança eu jogava futebol. Só que eu torci o pé, me machuquei e fiquei algum tempo sem fazer exercícios. Um dia, quando eu estava na roça com o meu pai, ele deu a ideia de jogar tênis de mesa, afinal, ele gostava muito de jogar. Compramos e sempre que ia na roça treinava bastante. Então ,mudei de escola, fui para o colégio São Mateus, onde havia mesa para praticar o esporte. Comecei a treinar mais para a disputa do intercolegial, e não fui muito bem. No ano seguinte, disputei novamente e, na semifinal, consegui uma virada em uma partida e isso me incentivou a continuar. Fui para o Apogeu, eles me deram apoio e consegui vencer o intercolegial em 2013. A partir daí, conheci o Alexandre Ank, que passou a me treinar e me ensinar muita coisa. Agora a ideia é voltar e trazer uma medalha para Juiz de Fora – concluiu o garoto.