23/09/2013 09h31 - Atualizado em 23/09/2013 16h35

Depois de recuar quase 3% na última semana, dólar opera em queda

Receios com futuro da política monetária do Fed pairam sobre mercado.
Na sexta-feira, dólar subiu 0,82% e fechou a R$ 2,2195.

Da Reuters

Depois de recuar quase 3% na última semana, o dólar opera em queda ante o real nesta segunda-feira (23), depois que dados econômicos chineses mais fortes do que o esperado deram fôlego à maioria das moedas de economias emergentes, mas dúvidas em relação ao futuro da política monetária ultra-expansionista dos Estados Unidos mantinham investidores cautelosos.

Perto das 16h30 (horário de Brasília), a moeda norte-americana tinha queda de 0,91%, a R$ 2,1992 para a venda. Veja a cotação

Na sessão anterior, a moeda dos Estados Unidos fechou em alta de 0,82%, cotada a R$ 2,2195 para a venda. Na semana, contudo, a moeda acumulou desvalorização de 2,73%. No mês, a queda chega a 6,94%.

Nesta segunda, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) preliminar mostrou que setor industrial da China cresceu no ritmo mais rápido em seis meses em setembro, fornecendo mais evidências de uma melhora na segunda maior economia do mundo.

O dólar tem se enfraquecido ante outras moedas desde a quarta-feira passada, quando o Federal Reserve, banco central norte-americano, decidiu manter em US$ 85 bilhões por mês o ritmo de seu programa de compra de ativos, incentivando investidores a buscar ativos mais arriscados.

O presidente do Banco Central brasileiro, Alexandre Tombini, afirmou nesta segunda que a decisão do Fed não deve alterar o rumo do programa cambial e da política monetária brasileira, que continua sendo importante para evitar que a inflação seja contaminada pelo dólar mais alto. "A decisão do Fed surpreendeu o mercado, mas não vejo efeito disso na política monetária no Brasil", afirmou.

Na sexta-feira, o presidente do Fed de St. Louis, JamesBullard, afirmou que o banco central norte-americano ainda pode reduzir seu programa de compra de títulos na reunião de outubro se os dados apontarem para uma economia mais forte.

Nesta manhã, no entanto, o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, defendeu a continuidade do programa de estímulos, afirmando que o banco precisa proteger a economia norte-americana de diversas ameaças, particularmente as incertezas fiscais que continuam "muito grandes no momento."

Analistas do UBS disseram "parecer improvável" que o Fed opte por retirar estímulos tão rapidamente após a decisão de deixar a política inalterada. Eles disseram que a postura do banco na semana passada vai manter o dólar fraco por um trimestre antes que a tendência de alta de longo prazo seja retomada.

Nesta segunda-feira, o Banco Central realizou mais um leilão de swap cambial tradicional -  equivalente a venda de dólares no mercado futuro - previsto em seu cronograma de  intervenções diárias. Foi vendida a oferta total de contratos ofertados com vencimento em 3 de fevereiro de 2014. O volume financeiro equivalente da operação foi de US$ 497,4 milhões.

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