09/12/2013 07h31 - Atualizado em 09/12/2013 10h23

Agricultores de MT usam armadilhas para identificar pragas nas lavouras

IMA vai investir mais de R$ 1 milhão para espalhar armadilhas pelo estado.
Um dos focos nesta safra é o combate à Helicoverpa armígera.

Do Globo Rural

O Instituto Matogrossense do Algodão (IMA) vai investir mais de R$ 1 milhão em armadilhas que serão espalhadas pelas lavouras do estado. A aposta é na captura dos insetos adultos das pragas que afetam as plantações.

A armadilha é colocada ao lado da lavoura. Durante o dia, uma placa solar retém a energia que vai manter a luz acesa e, assim, atrair a praga à noite. Na manhã seguinte, os insetos são coletados e contados.

O sistema de alerta de pragas foi desenvolvido pelo IMA, que é mantido pela associação dos produtores de algodão do estado.

Inicialmente, ele foi testado em três regiões produtoras, mas agora o trabalho está sendo ampliado para outras lavouras de Mato Grosso, em mais sete núcleos de monitoramento. Os pesquisadores vão traçar um panorama das pragas mais agressivas e frequentes.

Um dos focos nesta safra é o combate à Helicoverpa armígera. A identificação precoce da espécie é fundamental para o controle da lagarta, antes que as plantas e a produção sejam prejudicadas.

Além da armadilha luminosa, o IMA ainda vai trabalhar com outro modelo, onde o macho é atraído por uma placa com o hormônio sexual da mariposa fêmea e acaba preso em uma fita adesiva.

O pesquisador Miguel Soria explica que a armadilha luminosa com a placa de energia solar e bateria custa, em média, R$ 2 mil, e deve ser colocada a cada 5 hectares. Já a delta, a que usa o hormônio, sai mais barata, por cerca de R$ 200, mas é preciso usar em maior quantidade: uma a cada 100 metros.

O agricultor Paulo Sérgio Aguiar comprova a eficácia das armadilhas. Este ano, ele cultivou 24 mil hectares de soja na região sul de Mato Grosso. A área foi monitorada pelo IMA e, com a identificação das pragas, o controle da lagarta ficou mais fácil.

Na próxima safra, ele vai plantar 4 mil hectares de algodão e não quer correr riscos, por isso, vai investir no sistema.

O dinheiro para o projeto de monitoramento vem do Instituto Brasileiro do Algodão.

tópicos:
veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de