10/12/2013 06h48 - Atualizado em 10/12/2013 10h04

Produtores de GO investem em ranários de olho no mercado interno

Quilo do animal vivo é vendido por R$ 10 para São Paulo e Rio de Janeiro.
Criadores também pretendem retomar as exportações.

Do Globo Rural

A produção de rã está ganhando espaço em Goiás – estado que já foi um produtor de destaque. Além de vender para o mercado interno, os criadores querem retomar as exportações. 

A ranicultura é uma atividade nova para os produtores Reginaldo Martins e Nides Cordeiro.

Na propriedade de gado de leite que fica em Jataí, região sudoeste de Goiás, foram instalados tanques de reprodução e baias de engorda. Eles criam 10 mil animais e resolveram investir na atividade pensando em um complemento de renda.

A rã leva cerca de 10 meses para chegar ao ponto de abate. Nesta fase, ela pesa entre 200 e 250 gramas. O quilo do animal vivo é vendido por R$ 10 para São Paulo e o Rio de Janeiro.

Os criadores de rãs de Goiás dobraram a produção de quatro anos para cá. São cerca de 700 mil animais vivos e não é por causa dos novos produtores que a atividade voltou a ganhar espaço.

Há 10 anos, muitos ranários foram desativados por causa da queda na exportação da carne de rã para os Estados Unidos, mas com o cenário favorável, tem gente voltando a investir.

Dinis Lourenço da Silva está há 35 anos neste negócio. Com a queda nas exportações, ele decidiu dar uma pausa na produção, mas de quatro anos para cá, reativou o ranário e agora está com 50 mil rãs na engorda.

O ranário fica em uma fazenda em Anápolis. Há dois anos, Dinis construiu um frigorífico, onde são abatidas 15 mil rãs todos os meses. Ele tem compradores em estados do Sul, Sudeste e Nordeste do país. “Nós direcionamos toda nossa produção para o mercado interno, estamos colocando toda nossa produção e, inclusive, ampliando nosso ranário”, diz.

Ao abater as rãs na propriedade, ele consegue agregar mais valor e chega a vender o quilo por R$ 32.

O bom momento levou a Associação dos Criadores de Rãs do estado a desenvolver um projeto que tem o apoio do Ministério da Pesca e que está previsto para ser colocado em prática no próximo ano. A proposta é incentivar a ranicultura em pequenas propriedades rurais. A iniciativa envolve 156 famílias de várias partes do estado. O desejo é ampliar as atividades e retomar as exportações.

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