16/09/2013 08h30 - Atualizado em 16/09/2013 08h54

Mercado financeiro sobe para 2,4% previsão de alta do PIB em 2013

Estimativa para a inflação deste ano ficou estável em 5,82%.
Para 2014, porém, expectativa é de menos crescimento e mais inflação.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

Os economistas do mercado financeiro elevaram, na semana passada, sua previsão para o crescimento da economia brasileira de 2,35% para 2,4%  neste ano, informou o Banco Central nesta segunda-feira (16) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O documento da autoridade monetária é fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Sobre a inflação, os economistas do mercado financeiro mantiveram sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano em 5,82%

Trata-se da terceira alta consecutiva deste indicador, que acontece após a divulgação do PIB do segundo trimestre pelo IBGE. O resultado mostrou uma expansão de 1,5% sobre os três primeiros meses deste ano - acima da expectativa do mercado financeiro. Para o ano que vem, entretanto, a estimativa de expansão econômica do mercado financeiro recuou de 2,28% para 2,22% no que foi a quarta redução consecutiva deste indicador.

O Banco Central estima, até o momento, uma alta de 2,7% para o PIB neste ano, mas este número pode ser revisado, no fim deste mês, por meio do relatório de inflação. Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prevê um crescimento de 2,5% para a economia brasileira em 2013.

Inflação
Sobre a inflação, os economistas do mercado financeiro mantiveram sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano em 5,82%. Já para 2014, porém, a previsão dos economistas dos bancos avançou de 5,85% para 5,90%.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que a inflação teria queda neste ano frente ao patamar registrado em 2012 (5,84%) e no ano de 2014. Embora ainda continue acreditando na desaceleração da inflação neste ano, o mercado prevê, entretanto, crescimento da inflação em 2014 – último do mandato da presidente Dilma Rousseff.

Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Juros
Depois do aumento dos juros no fim de agosto por parte do Banco Central, para 9% ao ano, o mercado financeiro manteve a expectativa para a taxa básica da economia, fixada pela autoridade monetária, em 9,75% ao ano no fechamento de 2013. Isso pressupõe novas elevações da taxa Selic em 2013. Para o fechamento de 2014, a previsão ficou estável em 9,75% ao ano na semana passada.

Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2013 recuou de R$ 2,36 para R$ 2,35 por dólar. Para o fechamento de 2014, a estimativa dos analistas dos bancos para o dólar ficou estável em R$ 2,40.

A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2013 recuou de US$ 2,5 bilhões para R$ 2 bilhões na semana passada. Para 2014, a previsão de superávit comercial ficou estável em US$ 10 bilhões na última semana.

Para 2013, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 60 bilhões. Para 2014, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros continuou em US$ 60 bilhões na última semana.

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