11/12/2013 12h19 - Atualizado em 11/12/2013 12h35

Borges diz que leilão do trem-bala ainda está nos planos do governo

Leilão, previsto para setembro, foi adiado pelo governo um mês antes.
Ministro diz que ajustes são feitos para atrair interessados no projeto.

Fábio AmatoDo G1, em Brasília

O ministro dos Transportes, César Borges, disse nesta quarta-feira (11) que a construção do primeiro trem-bala no Brasil, entre Campinas, São Paulo e Rio, continua na pauta do governo. De acordo com ele, estão sendo feitos ajustes para atrair um número maior de empresas interessadas no projeto.

O leilão do trem-bala já foi adiado várias vezes pelo governo. A última previsão era setembro de 2013 mas, um mês antes, Borges anunciou novo adiamento do processo de concessão, que agora não tem mais data para acontecer.

De acordo com o ministro, o governo decidiu cancelar o leilão porque apenas uma empresa, a Alston, havia demonstrado interesse. O modelo previa dois leilões para o trem-bala: o primeiro para escolher a empresa que fornecerá a tecnologia e vai operar o veículo - e que foi adiado; o segundo para contratar a construção da infraestrutura, incluindo trilhos e estações.

Borges disse que é “adepto” da construção do trem-bala para criar nova opção de deslocamento entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo ele, se o projeto não sair do papel, será necessário implantar novos aeroportos ou mesmo construir uma nova rodovia entre os dois centros.

O leilão do trem-bala deveria ter ocorrido, inicialmente, em dezembro de 2010, mas a licitação acabou sendo adiada para abril de 2011 e depois para julho daquele ano. Como nenhuma empresa ou consórcio entregou proposta naquela ocasião, o governo mudou o modelo da licitação, e decidiu dividir o projeto em duas partes: uma para contratar a empresa que vai fornecer a tecnologia e outra para contratar a infraestrutura do projeto (trilhos, estações etc.).

De acordo com o modelo proposto, leva a concessão do trem-bala a empresa que oferecer o maior valor de outorga – valor pago à União pelo direito de explorar o serviço.

O trem brasileiro terá que trafegar a 300 km/h no trecho entre São Paulo e Rio de Janeiro – que terá que ser percorrido em, no máximo, 99 minutos.

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