O ministro dos Transportes, César Borges, disse nesta quarta-feira (11) que a construção do primeiro trem-bala no Brasil, entre Campinas, São Paulo e Rio, continua na pauta do governo. De acordo com ele, estão sendo feitos ajustes para atrair um número maior de empresas interessadas no projeto.
O leilão do trem-bala já foi adiado várias vezes pelo governo. A última previsão era setembro de 2013 mas, um mês antes, Borges anunciou novo adiamento do processo de concessão, que agora não tem mais data para acontecer.
De acordo com o ministro, o governo decidiu cancelar o leilão porque apenas uma empresa, a Alston, havia demonstrado interesse. O modelo previa dois leilões para o trem-bala: o primeiro para escolher a empresa que fornecerá a tecnologia e vai operar o veículo - e que foi adiado; o segundo para contratar a construção da infraestrutura, incluindo trilhos e estações.
Borges disse que é “adepto” da construção do trem-bala para criar nova opção de deslocamento entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo ele, se o projeto não sair do papel, será necessário implantar novos aeroportos ou mesmo construir uma nova rodovia entre os dois centros.
O leilão do trem-bala deveria ter ocorrido, inicialmente, em dezembro de 2010, mas a licitação acabou sendo adiada para abril de 2011 e depois para julho daquele ano. Como nenhuma empresa ou consórcio entregou proposta naquela ocasião, o governo mudou o modelo da licitação, e decidiu dividir o projeto em duas partes: uma para contratar a empresa que vai fornecer a tecnologia e outra para contratar a infraestrutura do projeto (trilhos, estações etc.).
De acordo com o modelo proposto, leva a concessão do trem-bala a empresa que oferecer o maior valor de outorga – valor pago à União pelo direito de explorar o serviço.
O trem brasileiro terá que trafegar a 300 km/h no trecho entre São Paulo e Rio de Janeiro – que terá que ser percorrido em, no máximo, 99 minutos.