Após quatro quedas seguidas, a confiança do empresário do comércio de São Paulo subiu em agosto, na comparação mensal. De acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira (17) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) passou de 104,2 pontos em julho para 110,1 no mês passado, alta de 5,7%.
O resultado, porém, ainda está abaixo do registrado em agosto do ano passado, quando o Icec marcava 113,4 pontos. O índice varia numa escala que vai de 0 (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).
De acordo com a Fecomercio, embora ainda exista pessimismo, os resultados positivos nos três subíndices que compõem o Icec apontam recuperação na propensão a novos investimentos e avanço do otimismo do comerciante quanto ao futuro.
Para a entidade, a diminuição do ritmo da inflação enfraqueceu parte da apreensão de empresários e consumidores. Entretanto, a preocupação com o cenário macroeconômico ainda leva insegurança quanto à manutenção do ritmo das vendas.
O avanço do Icec em agosto ocorreu principalmente devido a uma melhora no subíndice Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec), que vinha registrando o menor nível na pesquisa, mas que neste mês mostrou avanço de 6,6%, ao passar de 73,6 pontos (em julho) para 78,4 pontos. O quesito que compõe o subíndice e mais colaborou para este aumento foi o de Condições Atuais do Comércio, com melhora de 12,9%, saindo de 70,1 pontos (em julho) para 79,1pontos.
O subíndice Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) também apontou elevação: passou de 101,9 pontos (em julho) para 107,5 pontos, variação de 5,5%. A maior influência no resultado deste subíndice foi verificada no quesito que mede o nível de confiança para novas admissões (Contratação de Funcionários), com uma alta observada de 10,5%, ao passar de 113,3 pontos (em julho) para 125,2 pontos.
Já o subíndice que mede a expectativa dos empresários do comércio (IEEC), que vem apresentando a maior variação positiva do indicador, registrou alta de 5,3% no mês, ao passar de 137,1 pontos (em julho) para 144,4 pontos. O item que mede as expectativas em relação ao próprio setor (Expectativa do Comércio) foi o que mais influenciou, com alta de 6,3%, ao passar de 136,2 pontos (em julho) para 144,8 pontos.