Economia

Vagas na indústria têm a maior queda desde abril de 2009

Número de empregados na indústria brasileira recuou 0,6% em agosto em relação a julho. É a quarta queda mensal consecutiva do setor

Linha de produção de veículos no Brasil. Na foto, fábrica da Peugeot
Foto:
/
Divulgação
Linha de produção de veículos no Brasil. Na foto, fábrica da Peugeot Foto: / Divulgação

RIO - O número de empregados na indústria brasileira recuou 0,6% em agosto em relação a julho, na série com ajustes sazonais, a quarta queda consecutiva nesse tipo de comparação, apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recuo é o mais intenso, nessa comparação, desde abril de 2009, quando houve queda de 0,7%. Na comparação com agosto de 2012, o emprego industrial caiu 1,3%, ao passo que, no acumulado do ano, o indicador recuou 0,8%. Em 12 meses encerrados em agosto, a queda ficou em 1%.A folha de pagamento real, por sua vez, teve baixa de 2,5% na passagem de julho para agosto, o recuo mais expressivo desde janeiro (-5,3%).

Setorialmente, na comparação mensal, o pessoal ocupado assalariado recuou em 13 dos 18 ramos pesquisados. As principais pressões negativas ocorreram nas ativilidades ligadas à produtos de metal (-4,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-4,3%), calçados e couro (-4,7%), máquinas e equipamentos (-2,9%), produtos têxteis (-4,4%), outros produtos da indústria de transformação (-3,6%), madeira (-5,7%), refino de petróleo e produção de álcool (-5,1%) e minerais não-metálicos (-2,1%). Por outro lado, os principais impactos positivos ocorreram nos setores de borracha e plástico (3,3%), alimentos e bebidas (0,8%) e meios de transporte (1,3%).

Número de horas pagas em agosto

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou 0,7% entre julho e agosto de 2013, marcando a quarta queda consecutiva do indicador e a mais intensa desde abril de 2012 (-0,8%), acumulando nesse período perda de 2,2%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o número de horas pagas caiu 1,4%, terceiro resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde fevereiro último (-2,3%). Ao todo, o instituto registrou taxas negativas em 11 dos 14 locais pesquisados e em 12 dos 18 ramos analisados.

No período, em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de produtos de metal (-6,0%), calçados e couro (-7,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-5,1%), máquinas e equipamentos (-3,3%), produtos têxteis (-5,6%) e outros produtos da indústria de transformação (-3,9%). O setor de alimentos e bebidas (1,1%) foi o principal impacto positivo nesse mês, seguido por borracha e plástico (4,2%) e meios de transporte (2,3%).

Na análise por região, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, a região Nordeste (-5,3%) foi a principal influência negativa, pressionada pela redução no número de horas pagas nos setores de alimentos e bebidas (-6,0%), calçados e couro (-8,3%), minerais não-metálicos (-8,4%), refino de petróleo e produção de álcool (-12,7%), produtos de metal (-10,0%), vestuário (-3,1%) e produtos têxteis (-5,7%).

Outros impactos negativos foram observados em São Paulo (-1,0%), Bahia (-7,9%), Rio Grande do Sul (-2,3), Pernambuco (-7,3%), Paraná (-2,0%) e Minas Gerais (-1,3%). Rio de Janeiro (1,6%), Santa Catarina (0,8%) e região Norte e Centro-Oeste (0,5%) exerceram as contribuições positivas sobre o total do número de horas pagas, impulsionados pela expansão em meios de transporte (8,8%), alimentos e bebidas (5,8%) e indústrias extrativas (8,0%), no primeiro local, borracha e plástico (8,9%) e produtos de metal (9,6%), no segundo, e alimentos e bebidas (5,0%), no último.

Em relação a agosto de 2012, a folha caiu 0,2%, interrompendo 43 meses de taxas positivas consecutivas nesse tipo de comparação. No acumulado do ano, porém, o indicador subiu 2,4%. No acumulado em 12 meses, o índice avançou 3,7%.A pesquisa mostrou que o número de horas pagas na indústria diminuiu 0,7% em agosto, na comparação com julho, descontando os efeitos sazonais.

Na comparação com igual mês de 2012, as horas pagas recuaram 1,4%. N acumulado do ano, houve queda de 0,9%. Em 12 meses, o número de horas pagas cedeu 1,1%.